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PROBLEMA Nº 1 CRIME NA CASA AZUL
| De: NOVE (2006) O coronel Ferraz vivia com os seus dois sobrinhos, Carlos e João, numa vivenda chamada “Casa Azul”, da qual fazia parte um vasto terreno que se estendia das traseiras da moradia até uma linha de caminho de ferro que corria a cerca de 100 metros de distância. Numa bela, mas infeliz manhã de maio, o coronel apareceu morto no seu escritório, uma divisão situada na parte da frente do rés-do-chão da “Casa Azul”. Foi a empregada quem encontrou o corpo, cerca das 9h10, pouco depois de ter entrado ao serviço. A polícia foi chamada e, pelas 10h20, chegou o Inspector Alves, o agente Dias e o Dr. Martins, médico legista. Foi tudo examinado com cuidado. O coronel Ferraz havia sido atingido no local onde se encontrava o corpo, com um tiro na nuca, desferido a uma distância entre 0,5m e 1,0m. A morte, segundo a estimativa do Dr. Martins, ocorrera entre as 7h45 e as 8h15. A arma fatal não se encontrava no escritório. O Inspector Alves chamou a empregada e os dois sobrinhos para um primeiro interrogatório. A senhora fora ao posto médico daquela povoação, onde estivera, segundo se comprovou, das 7h40 às 8h30. O sobrinho Carlos declarou o seguinte: “Desci para o meu exercício matinal cerca das oito menos um quarto. O meu primo João estava a tomar o pequeno-almoço com o tio. Quando eu andava lá por baixo, na nossa quinta, perto da linha do comboio, ouvi um barulho, semelhante a um tiro, vindo da vivenda. Estranhei o facto, mas não lhe dei importância. Deviam ser 8h10 porque, no momento em que senti o tiro, estava a passar o primeiro comboio rápido da manhã, que costuma ser muito pontual. Regressei a casa já depois das oito e meia e fui para o duche. Fiquei muito surpreendido ao ouvir os gritos da nossa empregada… tinha eu acabado de me vestir. Depois de ver o que acontecera telefonei de imediato para os senhores”. O sobrinho João disse: “Vi o meu tio ao pequeno-almoço. Ele estava bem disposto e encarregou-me de tratar de uns assuntos na cidade. Saí um ou dois minutos antes das oito. Fui primeiro falar com o empreiteiro com quem ajustámos o arranjo da garagem e depois desloquei-me ao nosso banco. Quando aí me encontrava, perto das nove e meia, telefonou-me o meu primo Carlos a dizer que o tio tinha sido encontrado morto no escritório. Por uns instantes fiquei sem fala. Recompus-me, pedi-lhe pormenores e vim logo para aqui”. Após ter interrogado os dois sobrinhos o Inspector Alves ficou satisfeito. O caso não parecia complicado. Foi acidente? Foi suicídio? Se foi assassínio, quem o terá perpetrado? Justifique a sua resposta. As propostas de solução devem ser enviadas até ao dia 5 de Setembro para salvadorsantos949@gmail.com. |
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DANIEL FALCÃO |
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