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TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO

“MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975-2025)

SOLUÇÃO DO PROBLEMA Nº 2

UM CRIME PISCATÓRIO EM SESIMBRA!

Autor: Repórter SOU EU

1 – Culpado de assassínio, Fernando Piteira. (4 pontos)

2 – Se os … “testes de “resíduos de pólvoraefectuados às mãos de um dos suspeitos… revelou que ele era o assassino” … – comprovando-se que o analisado tinha disparado uma arma de fogo recentemente… então só podemos culpar o Fernando Piteira… uma vez que se fala em “mãos” ... e no caso dos manos Figueira… estes tinham as mãos cobertas de luvas… logo só poderia ser acusado – qualquer deles, como hipótese! – se os “resíduos de pólvora” fossem detectados nas próprias luvas ou restante indumentária. (1 ponto)

3 – Fernando Piteira apresenta algumas declarações que poderemos considerar de verosímeis e aceitáveis, como a referência a uma aiola recentemente adquirida pelo rival Alberto Flores, por um preço superior em relação ao alvitrado por si, sabendo-se que estes tipos de embarcações são utilizadas para a pesca em Sesimbra, mas há uma pista deixada pela vítima que o incrimina e completa a confirmação dos “resíduos de pólvora” encontrados nas suas mãos… que é o facto de Alberto Flores, na hora da morte se ter agarrado com sofreguidão aos aparelhos de pesca que até lhe feriram as suas mãos… este indício serviu para culpar Fernando Piteira, o assassino de Flores, pois os pequenos aparelhos de pesca de chocos e polvos, como são discriminados no texto têm o nome de TONEIRA, POLVEIRA, e/ou… PITEIRA… entre outros nomes (!) e esse foi também um pormenor que não passou despercebido ao Inspector e ao Repórter SOU EU. (1 ponto)

4 – “Aquilo que leva alguém a executar uma acção; CAUSA; MOTIVO; RAZÃO: O móbil do crime”.

Fernando Piteira nunca teria perdoado ao Alberto Flores o facto de o mesmo ter comprado uma aiola de valor mais elevado do que aquele que estava destinado a si mesmo, para a sua aquisição – independentemente das discussões relacionadas com a pesca! – e numa pequena discussão assassinou o “rival” Pescador com um tiro de pistola! A arma, posteriormente e certamente, foi entregue às autoridades após a confissão do homicídio. (1 ponto)

5 – Presença de participação: 3 pontos.

 

COMENTÁRIOS DO “BLOGUE RO”…

ESTA prova n.º 2 do “TORNEIO DO CINQUENTENÁRIO “MISTÉRIO… POLICIÁRIO” – MA/MP (1975-2025) continha, além do desafio fictício de problemística policiária destinado ao decifrador/solucionista, uma interessante mensagem – que foi agradavelmente recebida por uma grande maioria de leitores e sobre os seus dizeres e pareceres daremos notícias em próximas publicações! – sobre as notícias de crimes violentos que passam constantemente e diariamente nos ecrãs das televisões do nosso país de um modo, considerado por muitos, exagerado! A sua interpretação agradou aos leitores e o seu autor congratula-se por isso.

EM relação à resolução do texto (questionário) proposto... o cerne da questão – o busílis, como não se cansava de proclamar o saudoso “Sete de Espadas”! – achava-se no facto dos “aparelhos de chocos e polvos” e também lulas, designarem-se, além de outros nomes (toneira, palhaço, polveira, fateixa, etc...) como PITEIRA! E foi, precisamente, para indicar o nome do seu assassino... (Piteira) que o ancião Alberto Flores se agarrou, em último desespero de vida, aos aparelhos de pesca! Um indício!

...Para uns solucionistas este foi considerado como um pormenor... dos chamados “de caras”... para outros visto como de difícil dedução... e somente se pesquisando lá se chegaria... (alguns, especialmente pescadores e/ou descendentes de familiares desta profissão... nem precisaram de pesquisar (Google ou Priberam)... e para muitos nem tão pouco lhes passou pela cabeça... este pormenor (!)... apesar dos seus óptimos e muito bem elaborados relatórios!

...Depois as questões do móbil do crime arrelias e zangas em desfavor de Alberto Flores (a vítima) e os resíduos de pólvora nas mãos do “assassino” a indicar que seria só um – até porque os outros dois suspeitos usavam, sempre, luvas! – compunham o restante do deslindar deste “problema policiário”!

...Como não se pedia, no final do enunciado o “móbil do crime”... não fomos excessivamente rigorosos em classificar esta formalidade, mas os solucionistas deverão habituar-se, no futuro, a encontrar na resolução de problemas policiários esta vertente, pois quando existe um crime, assassínio ou simples roubo... haverá, sempre, uma intenção, um propósito... um móbil.

...Apesar dos bem elaborados relatórios, por parte de muitos dos decifradores com “9 pontos”... não condescendemos em penalizar quem não descortinou o pormenor “aparelho de pesca/PITEIRA”!

 

© DANIEL FALCÃO