Convívio 8º Convívio “Mistério… Policiário” (Almada) Data 23 de Maio de 1976 |
8º Convívio “Mistério… Policiário” (Almada) [23 de Maio de 1976] In Mundo de Aventuras, nº 145 – 8 de Julho de 1976 Não foi uma manhã como
qualquer outra, foi uma manhã em que o Sol sorria para o «8.o Convívio M. A./M. P.»,
o mais longo realizado até agora. Foi efectivamente
a 23 de Maio, data a partir de agora histórica no policiarismo
nacional, que Almada abriu as suas portas aos convivas que de todo o lado
vieram para a grande festa policiária. Por volta das 9.30 horas a
«comissão de recepção»,
em Cacilhas, reuniu-se e foi
constituída pelo Detective Misterioso, pelos Companheiros do Diabo e pelo Lorek e Pazin que mais
tarde iriam ter com os que em Almada aguardavam os convivas. Às 10.30 horas,
sensivelmente chegou o barco onde vinham o «Sete», o L. P., o Detective Invisível e o Pais Pinto. Depois dos cumprimentos e apresentações dirigimo-nos
ao «Farol» onde se tomou qualquer
coisa e se começou a falar sobre vários assuntos, sem esquecer o principal,
ou seja, o «M. A.» e o «M. P.». Enquanto isto se passava,
em Almada o Zaratustra, o Hélium, o Zanelium, o Lorek e o Pazin esperavam
pelos outros convivas. Cerca das 12.00 horas nós,
os que estávamos em Cacilhas, e não éramos mais do que os que atrás referi,
viemos para Almada, mais precisamente para a Praça do M. F. A., onde nos
encontrámos com o «grosso da coluna» constituída por:
Lady
Carter e Sir Carter, Venthocanni, Inspector Aranha, o director
da revista «Passatempo», Nergal, Jalam, Sobral, Big-Ben, Investigador F. M.
(Frequência Modelada), Faria e Godévora. Após umas breves trocas de impressões
e de cada um pôr o autocolante alusivo ao «Convívio», seguimos para o jardim do Castelo, onde admirando a
bela paisagem do Tejo e da sua cidade, se falou de Banda Desenhada, do «Mundo
de Aventuras», do «Mistério...
Policiário» e de muitos outros assuntos que sempre surgem naquelas
ocasiões. Depois de algumas fotografias para a posteridade, tiradas pelos «fotógrafos de serviço», o «Sete» e o Detective Misterioso, a «malta»
dirigiu-se para a «Churrasqueira
Almadense» pois os estômagos começavam a pedir algo que os alimentasse… Durante o almoço, animado
como é natural, foram-se resolvendo os problemas elaborados pelo Zaratustra, Detective Misterioso e Zanelium, propositadamente para causarem algumas dores de
cabeça aos visitantes… Em breve, por entre bocados de frango e postas de
bacalhau assado estabeleceu-se um diálogo bastante frutuoso, a respeito dos
problemas apresentados. Enquanto se procedia à
classificação das soluções, Sir Carter,
Lady Carter e Sobral tiveram de se ausentar, ao mesmo tempo chegavam, por sua
vez, Belém Valente e Henrique, este acompanhado pelos pais,
que nos deram o grato prazer da sua visita. Antes, porém, de se saber o
resultado das classificações, o Hélium recebeu um livro, referente ao sorteio efectuado entre os números dos autocolantes. Passado um curto espaço de
tempo, foram reveladas as classificações, sendo os prémios, salvo erro,
distribuídos da seguinte forma: 3 livros
para o Investigador F. M. e um para
o Big-Ben. (Como se vê, tudo em família… ou
«Filho de peixe… sabe nadar!»). Após isto, distribuiu-se
pelos presentes um «Diploma» da «Universidade de Cacilhas» como
lembrança do 8.o Convívio.
Seguidamente viemos até uma cervejaria em Cacilhas – não todos porque alguns
já se tinham ido embora –, local onde por entre «imperiais» e tremoços se
discutiu, no bom sentido da palavra, vários assuntos referentes ao policiarismo com especial relevo para o debate entre o L. P. e o Zanelium sobre o problema que
este último tinha feito. Pouco a pouco as pessoas
foram-se retirando, até que por volta das 21.00 horas o «Sete», o L. P., o Detective Invisível e o Detective Misterioso resolveram comer umas febras na brasa… (Soubemos mais
tarde, que o pior foi a salada de tomate verde com uísquies…). A noite foi passando,
falando-se calmamente sobre vários assuntos até que às 00.00 hora-s, sensivelmente, o trio «Sete», L. P. e Detective Invisível foi apanhar o barco rumo a
Lisboa. Terminou assim o 8.o Convívio, o mais longo
até à data, começado no dia 23 e acabado a 24, com uma duração aproximada de
15 horas! Um abraço do LÚCIFER No jardim do Castelo, tendo por fundo o
Cristo-Rei, a ponte e Lisboa, 25 convivas onde apenas destacaremos a presença
de uma gentil concorrente… Évora, veio a Cacilhas… Godévora recebe o «diploma da Universidade»… O director da
revista «Passatempo» esteve presente no convívio do «Mundo
de Aventuras». A seu lado, sempre
sorridente, o orientador de «Enigma Policiário», daquela revista, Insp. Aranha, de Santarém + Algés, 24 de Maio de 1976 Pois é! Menos de 24 horas
depois do Convívio de Almada e
seguindo o sistema de nada prometer a ninguém (coisa que muita, mas mesmo
muita gente da nossa «família
Policiária» não pratica, antes promete mundos e fundos, impressões dos
convívios, descrições de ambientes, etc., que depois não surgem obrigando o «Sete» a alinhavar algo de urgência
para os que Não puderam estar lá, e
muitos são!... cá estou eu a tentar transcrever para uma folha de papel o que
ficou gravado na memória. Tarefa difícil, se atendermos a que tantos e tantos
pormenores nos escapam. Mas, claro, o que interessa é o que fica e não o que
passa sem marcas! E o que ficou, foi a certeza de que Almada e toda a
comissão organizadora fez os possíveis para que esta reunião não fosse apenas
mais uma de outras que se efectuaram e efectuarão! Pela primeira vez surgiu um problema
policiário para resolução pelos convidados, de um novo concorrente à secção,
que marcou «apenas» o ponto de
partida para uma discussão (pacífica, note-se!) que se prolongou pela tarde
adiante. Estabelecer qualquer paralelo entre este convívio e os anteriores, é
um falso problema. Cada local tem a sua estrutura própria e os organizadores
agem segundo o seu modo próprio de actuar. Não pode
nem deve haver um padrão, um estatuto, uma lei para os convívios, como alguém
sugeriu! Não! Cada qual deve reger-se pelos princípios por que se regem os
seus organizadores, devem ter uma individualidade própria, não esquecendo, no
entanto, que a finalidade não é só almoçarmos em conjunto, «competirmos» juntos, conhecermo-nos
melhor, mas também (e isso é, para mim, muitíssimo importante!) ventilar
ideias, discutir assuntos relativos à secção a que concorremos, dar directrizes, sugestões, com vista à correcção
do que possa estar errado no «M. P.».
É isso, aliás, o que o «Sete»
pretenderá, com vista a uma superior dinamização da secção. Há muito que
devíamos ter sacudido o «torpor» que
nos atacou durante muito tempo, deixando-nos de ser o simples concorrente ou
produtor de problemas, para passarmos a ser colaboradores activos
do «Sete» na orientação, pela
discussão, do «Mistério… Policiário»!
É isto o que, em suma, me ficou deste bom convívio. Que a discussão havida
frutifique! Que muitas e muitas vezes possamos assistir à análise de
problemas, como sucedeu (!) ou a discussões sobre temas abstractos
(não separados da realidade), como assistimos participando. Foi o caso do tema «CRIME PERFEITO:
SIM OU NÃO?» em que dois blocos apresentaram problemas, pontos, sugestões,
com vista a um possível esclarecimento. A título de curiosidade, posso dizer
que não se registou qualquer recuo de posições por parte do «Big-Ben», defensor da perfeição do crime,
nem do «Sete», do outro lado da
barricada. Podem e devem perguntar, então: – Para que serviu essa
discussão, se não teve conclusões? Para resposta a esta
questão, posso dizer que não houve uma concordância geral, mas fez com que
nós, os mais inexperientes pudéssemos formar a nossa opinião sobre o assunto.
Ou melhor, tomar os tópicos necessários para, depois de pesar os prós e os
contras, podermos, então, formá-la. – Só por isto, valeu a pena
estarmos presentes. (Opinião pessoal). Agora, segue-se Évora, no dia 26 de
Junho. Aí, espero que se vá avançar ainda mais na análise de assuntos
práticos relacionados com a secção e, por consequência directa,
com a problemística poli-ciária. L. P. (Algés) + Almada, 31 de Maio de 1976 Caro «SETE»: Encontro-me escrevendo
hoje, dia 30 de Maio (domingo), após duas horas e meia de espera peia «malta» para poder participar no «VIII Convívio» em Almada. Como pode
ter sido possível não ter aparecido ninguém! Excepto
o Carlos Duarte, de Lisboa-4 – para
já, um grande amigo que eu hoje comecei a conhecer. Não faço a mínima ideia do
que sucedeu… Pois eu desde as 9.45 horas que esperei até cerca das 13 horas,
altura essa em que o Carlos Duarte,
meu companheiro de espera, apanhou o autocarro para a Praça de Espanha a fim de regressar a casa. Teria sido engano meu
e dele? Mas, acho que não, pois no «Mundo
de Aventuras» diziam que era no dia 30 de Maio, (domingo), por no sábado
haver aulas. Ou teriam, o «Sete» e
outros amigos, chegado primeiro do que nós e pensando que não viria mais
ninguém se fossem embora? Ou então, este convívio fosse adiado? Enfim, não
percebo nada. Portanto, espero que o «Sete»
me responda o mais depressa possível, informando da causa deste mistério. Antes de acabar, quero
dizer que o Carlos Duarte é, para
mim, um tipo fixe, e por intermédio desta quero mandar-lhe um grande abraço. Cumprimentos para o «Sete» e para a «malta», de «O GRÁFICO» (Almada) Pois, meu caro… Houve um
duplo azar, como, por certo, e até agora, já deves ter visto. Duplo azar por: a) Não teres comparecido à reunião da Tertúlia, aí em
Almada, onde essas coisas foram combinadas e b) Não teres lido
convenientemente o «M. A.» N.o 139, de
27 de Maio, onde, em diversos lados já se falava no dia 23!... Isto
chamar-te-ia a atenção, e depois seria só telefonar. Fica para ÉVORA! OK? «SETE» +
|
||
©
DANIEL FALCÃO |
|