ARQUIVO M. LIMA

REPORTAGENS DOS CONVÍVIOS

 

 

Convívio

I Convívio Policiário de Torres Vedras

 

Data

26 de Novembro de 1977

 

 

 

 

I Convívio Policiário de Torres Vedras

[26 de Novembro de 1977]

In Mundo de Aventuras, nº 229 – 16 de Fevereiro de 1978

O Convívio de Torres Vedras

Reportagem de ANÓNIMO

Eram 9 horas da manhã e já estavam à porta do Palladium o Ubro Hmet, o Carlos Duarte, o Satanás e o Mabuse… mais o seu belo carrinho, que faz «vrummvrumm», e que se ouve a 1 quilómetro de distância, só que do Invisível nem «pó». Lá chegou ele, ofegante a pedir desculpa, que se tinha atrasado por causa dos transportes, essas coisas.

Ala que eles aí vão. Paragem à porta da Churrasqueira do Campo Grande, que do «Sete» & C.a nada. Próxima etapa Malveira. Que frio, meu Deus, e ainda por cima a pingar. Foi este o acolhimento das «trouxas» aos esfomeados do carro. Estranho, o Satanás não comeu nada. Estaria doente?

Finalmente, Torres Vedras. «Havaneza», «Havaneza», onde é que estás?! Foram eles os primeiros. Durandal e Repórter X, de sorriso aberto, acolheram-nos como no meio de uma tempestade. Passados momentos chegaram o Aranha e o Constantino. Mais abraços e mais cumprimentos. A certa altura o Satanás e o Durandal desapareceram. Para onde teriam ido? «Mistério… Policiário». Lã apareceram eles e o Satanás com a mala a modos que mais pesada (parecia um burro de carga, daqueles que fazem «hi-han»). Às tantas apareceram 3 rapazes que foram sentar-se ao lado do Durandal. Assim estiveram durante 5 minutos. Um cheiro a tabaco queimado empestava o ambiente. Satanás tinha cara de enjoado. Mabuse lia o seu livro sobre banda desenhada e dos 3 rapazes… nada. Durandal não aguenta:

– Vocês vêm ao convívio? – perguntou.

– Sim! – disse um deles.

E pronto, mais um para a «caixa».

Finalmente, o «Sete» chegou. Apertos, abraços, perguntas. Chegaram depois o Jomara, com os seus dicionários introvertidos!, e, entretanto, o e a Esposa, giro, giro, foi que o , o Aranha e o Constantino tinham prometido não falar da volta. Está bem está! Passados cinco minutos ei-los a discutir sobre enforcamentos, mortes, eu sei lá que mais! O Satanás até sugeriu que se enforcasse o autor a título de experiência (até que não seria má ideia). Com o estômago a roncar lá nos dirigimos para o restaurante. Pfiuu! Até parecia um museu! E quanto àquele monte de prémios, nem se fala. Entretanto tinham chegado o Apuleius e o Raul Ribeiro que não perderam tempo e estavam preparados para a almoçarada que se avizinhava.

1.o Prato – Caldo verde. Excelente, segundo a opinião de Satanás (que repetiu 2 vezes) e de outros convivas.

2.o Prato – Carne de vitela guisada (não me lembro bem). A carninha era muito boa, o molhinho uma delícia e umas batatinhas muito fritas. Quando o Satanás quis repetir a dose, a mulherzinha lá foi a correr buscar o prato enquanto o Mabuse protestava por não ter os mesmos direitos.

Todo o almoço correu bem. Risos, conversas, alegria e finalmente os testes. Estes eram compostos por: Teste Policiário, Teste de Banda Desenhada, Teste de Cultura Geral e Policiário (arre, só o Durandal…).

Quanto aos prémios havia «X-9» (revista) até um mini-fogão de gás e foi ganho pelo Apuleius. As lembranças, foram blocos de notas especiais, muito úteis não haja dúvida, que não servem para nada.

Mais sorrisos, abraços, cumprimentos, despedidas, foi assim o resto da tarde com alguns testes de algibeira levados a cabo por um grupo de convivas.

Resta salientar que a Ifta não apareceu. O Satanás e o Mabuse lograram vê-la. Disfarçava-se muito bem na multidão, lá isso é verdade! Morena, com uma gabardina de cor escura, manteve-se no anonimato. Talvez surja numa inania de nevoeiro.

E pronto, pouco mais há a dizer. Apenas que na Malveira chamaram ao Satanás de filho do Mabuse! Atenção, hem?!, e que eu cheguei a casa a tempo de ver um colega meu chamado Alucard.

Peço desculpa se omiti alguma coisa (claro que sim) e até à próxima.

Quem sou eu?

© DANIEL FALCÃO