M. LIMA |
No
momento da apresentação do Arquivo Histórico das Reportagens dos Convívios, o
CLUBE DE DETECTIVES dedica
este arquivo ao confrade M. LIMA, prestando-lhe uma justíssima homenagem.
Partilhando integralmente as palavras de Luís Pessoa, publicadas na secção
Policiário nº 1217 de 30 de Novembro de 2014, aproveitamos para as
transcrever: Desapareceu um dos grandes
“andarilhos” do Policiário, um autêntico “papa-léguas” que durante décadas, principalmente
nas de 70 e 80, percorreu o país para se encontrar com os “seus amigos”: M.
Lima, do Porto. Uma das imagens de marca do
Policiário dessa época, sob a batuta do nosso saudoso Sete de Espadas, era a
organização dos convívios, que pelo menos uma vez por mês, juntavam todos os
confrades nos mais diversos pontos do país, em alegres jornadas de
camaradagem. Havia encontros do Minho ao
Algarve, alguns já com data marcada de ano para ano. A orgânica era simples:
os confrades de cada zona preparavam a logística do convívio, desde
alojamentos e restauração, até aos locais de visita obrigatória e turística;
depois divulgavam o evento e aguardavam pela presença dos confrades que se
quisessem associar e conviver. Em cada um dos eventos, a
presença principal era dos confrades da própria zona geográfica, que
aproveitavam para se conhecerem entre si e lançarem as sementes para as
Tertúlias Policiárias. A estes juntavam-se os confrades oriundos de todo o
país, com mais possibilidades de mobilidade, até porque os meios de
transporte e as estradas não eram nada famosas, naqueles tempos. Uma das presenças
praticamente certas, em qualquer local do país, era a do M. Lima. Umas vezes aproveitava a
“boleia” do confrade Jartur, outras, completamente
sozinho, tomava o comboio ou autocarro e viajava horas e horas, muitas vezes
durante toda a noite, após saída do trabalho, para estar no domingo pela
madrugada no local da concentração, “para rever os Amigos”, como sempre
dizia. M. Lima nunca andava
completamente só, transportava a sua inseparável máquina fotográfica e assim
documentava efusivamente cada convívio, mandando depois fazer cópias das
fotos em que constavam os convivas. No encontro seguinte, era certo e sabido
que cada participante era brindado com as suas fotos do convívio anterior! M. Lima é, sem qualquer
dúvida, um dos símbolos maiores do nosso passatempo. Não propriamente pela
sua vertente competitiva, em que alcançou resultados positivos, mas nunca
chegou aos mais altos patamares, até pelas suas dificuldades em termos de
conciliação de tempo e disposição com a sua actividade
profissional, mas principalmente na vertente de convívio e camaradagem, em
que foi sempre um modelo a seguir pela nossa “tribo policiária”. M. Lima foi, é e será
sempre um modelo para todos nós, pelo seu desprendimento quanto a pontuações
ou títulos; pela sua camaradagem e militância policiárias; pela sua postura
de sempre, calma e descontraída. Há um lugar
comum que é referir a perda irreparável sempre que um confrade
desaparece do nosso convívio. É manifestamente o que se passa com M. Lima.
Habituámo-nos a vê-lo por todo o lado, máquina fotográfica ao pescoço,
“apanhando” os momentos, que não guardava para si… O M. Lima estará sempre
“presente” nos nossos convívios! |
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©
DANIEL FALCÃO |
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