CORREIO POLICIAL

 

Publicação: “Correio do Ribatejo”

Coordenação: Domingos Cabral

 

Data: 4 de Novembro de 2011

Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: Descrição: logo2

 

 

 

PROBLEMA POLICIAL

 

UM CASO NA INGLATERRA

Autor: Mr. King

 

“A história passou-se um ano após ter terminado a 2ª Grande Guerra Mundial… Comigo ia um cabo que conduzia uma “GMC” do Exército Britânico. Nunca eu andara tão depressa num carro daqueles; o conta-milhas não descia dos 50…”

Isto contava um primo meu, naturalizado inglês, há já muito tempo, a uma série de amigos que eu reunia na quinta. Sentados debaixo de uma velha árvore, escutávamos com interessa a narrativa:

“…Atrás, na carroçaria descoberta, iam dois soldados, qual deles o mais inquieto. Até mesmo eu ia com certo receio, ansiando por chegar a Londres… O quê? Ah! Foi a vinte e nove de Fevereiro.”

“Se por acaso olhava para trás, unicamente via o soldado Smith. Davis, estava com certeza do outro lado do veículo, nas minhas costas, e, portanto, fora do meu campo visual. Sempre me deram a impressão de não serem bons amigos.”

“A correria continuava. Repentinamente, surgiu uma curva à esquerda. Aparecendo um “jeep” em sentido contrário, o nosso condutor foi obrigado a apertar a curva ao máximo. Misturado com o chiar dos pneus ouviu-se um grito, seguido dum bater contínuo no tecto da cabine. O cabo imediatamente meteu travões, indo o carro parar a uns 50 metros da curva.”

“Descemos e retrocedemos. Lá estava, mesmo a meio da curva, o corpo ensanguentado do militar: era um dos soldados que seguiam na carroçaria da “GMC”. Virando-me para o outro soldado, perguntei-lhe o que acontecera, ao que ele respondeu dizendo ter o seu camarada caído por causa da força que a curva originara. Ele agarrara-se a tempo, mas o companheiro não…”

“Disfarçadamente puxei da pistola, e, apontando-a ao soldado, disse: – Tu empurraste o teu colega da camioneta abaixo…”

João Gomes, um dos presentes, levantou-se e exclamou: – “Meu caro amigo, embora concorde com a sua actuação, sabendo até quem é que nos quer apresentar como culpado, “cheira-me” que tudo isto é pura invenção…”

 

Pergunta-se: Qual o raciocínio do interpelante e porque razão fez tais afirmações?

 

SOLUÇÃO

 

 

© DANIEL FALCÃO