CORREIO POLICIAL Publicação: “Correio do Ribatejo” Coordenação: Domingos Cabral Data: 17 de Fevereiro de 2012 |
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SOLUÇÃO “LIGHTS” Autor:
Peter Pan Fui eu que subi à superfície. a) Alundain é um local imaginário criado pela argentina Fabiana Kofman, artista plástica, local esse onde os “Seres da Luz” vivem. É um local de bem-estar, arte e beleza e onde a morte não existe. Todo o ser humano sem o coração empedernido de alguma forma sonhou lá estar. O título do problema funciona como uma associação fácil de fazer em como fui eu que pude voltar à superfície. b) O facto de o meu corpo estar encharcado e o “fenómeno” do efeito do aumento súbito de luz ter criado um arco-íris entre mim e a última pessoa a ficar, e que iria com o corpo até à superfície. c) De todas as personagens que entram na sala, seria normalmente a mãe extremosa a ser capaz de um maior espírito de sacrifício e também a poder ser associada a “mim”. d) Outras associações convergentes para a descoberta de “quem voltou à superfície”: eu ter morrido de um ataque do coração, ligando ao amor verdadeiro da mãe e ainda ao epitáfio final das sete campas. “Foi tudo uma questão de amor”. e) Ainda o pormenor final de a narrativa do discurso do problema, que estava na primeira pessoa desde o início, passando a partir de “Onde estávamos nós apenas uma pessoa permaneceu impassível e de repente entre esse corpo vivo e o corpo morto diante de si, fez-se uma ponte…”, para um discurso indirecto, na terceira pessoa. f) Depois a associação psicológica dos corpos e suas identidades com os valores e as pessoas que os vieram reconhecer: 1) Judeu – chapéu preto e cabelo particular – dinheiro; 2) Artista – mulher mascarada de columbina – liberdade de espírito; 3) Prostituta – mulher pintada e de saia de cabedal – amor comprado; 4) Chefe de família – mulher com duas crianças – orfandade; 5) Bandido – indivíduo desconfiado, mal encarado – crime; 6) Atleta velocista – homem de fato de treino – liberdade do corpo; 7) Pastor – indivíduo de preto e colarinho branco – oratória; 8) Eu – mãe extremosa – amor verdadeiro. |
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© DANIEL FALCÃO |