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TORNEIO “QUEM É? QUEM É?” Prova nº 3 Nascido a 22 de maio de 1859, em
Edimburgo, filho de um casal de católicos irlandeses, este escritor escocês
foi o criador do detetive mais célebre e imitado da história da literatura
policial, que tem apaixonado milhões de leitores em todo o mundo. Formado em medicina, profissão que
exerceu durante algum tempo em paralelo com a sua faceta de escritor,
verdadeiro estudioso do espiritismo, publicou diversos romances históricos,
mas foi na narrativa policial que alcançou maior notoriedade. Foi nas horas de ócio no seu consultório
médico que ele começou a esboçar aquele que viria a ser a sua maior criação
(inicialmente com o nome de Sherringford),
inspirado no detetive Dupin de Edgar Alain Poe. Depois de muitas tentativas e
frustrações, este médico-escritor conseguiria dar à estampa, em 1887, o
primeiro romance do famoso detetive e do seu inseparável amigo, tendo
registado uma aceitação tão invulgar quanto surpreendente. Nenhuma personagem de ficção tem no
mundo mais vasta bibliografia, com toda uma gama de estudos, dos mais
ingénuos aos mais eruditos. Ninguém, fictício ou real, foi alvo de tantas
representações teatrais, versões cinematográficas e séries televisivas. O total fascínio do detetive sobre os
leitores ainda não obteve de nenhum psicólogo uma interpretação satisfatória.
Os factos são contundentes. O povo adotou desde cedo o detetive. E chegou a
crer na sua existência. Num romance de 1893, o escritor, já
cansado da sua “criação”, matou o detetive, mas teve de ressuscitá-lo algum
tempo depois por imposição do público, que marchou até Londres reclamando o
regresso do seu herói por entre um turbilhão de protestos e insultos. Armado Cavaleiro em 1902, pelo esforço
desenvolvido na defesa dos interesses do seu país durante o conflito que opôs
Inglaterra à África do Sul no início do século XX, o escritor que criou o
detetive mais famosos do mundo morreu a 7 de junho de 1930. Quem é ele, quem é? Solução O detetive A. Dupin,
concebido por Edgar Allan Poe, foi um dos seus
heróis de infância, mas ele sonhava criar uma personagem diferente, que, para
além de grande investigador, tornasse essa atividade, fascinante mas
desorganizada, em algo mais próximo de uma ciência exata. Tinha que ter um
nome que não denunciasse o seu caráter, como Sharp (agudo) ou Ferret (furão), por exemplo. Primeiro, pôs-lhe o nome de Sherringford e só depois é que passou a chamar-lhe
Sherlock… Holmes. O seu detetive não podia contar as suas
próprias proezas como fazem quase todos, de forma que era preciso dar-lhe um
companheiro banal – um homem culto e altivo, capaz de acompanhá-lo em todas
as aventuras… e de narrá-las. Um nome simples e banal, para esse homem
modesto, podia ser… Watson. E foi assim que nasceu o detetive mais
célebre e imitado da história da literatura policial e o seu inseparável
amigo (“elementar, meu caro…”). Quem os criou foi um médico irlandês, de
raízes católicas, que se converteu ao espiritismo no fim da vida, de nome… Arthur Conan Doyle! |
© DANIEL
FALCÃO |
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