TORNEIO “QUEM É? QUEM É?”

 

Prova nº 4

 

Norte-americana, filha de pais separados, nascida no Texas, em Fort Worth, em 19 de janeiro de 1921, a mulher de quem se fala só conheceu o pai biológico aos doze e adotou o apelido do padrasto para o seu nome de escritora.

Frequentou a Júlia Richmond High School em Nova Iorque e a Barnard College em Colúmbia, onde estudou inglês, latim e grego, tendo evidenciando desde cedo vocação para a pintura, escultura e… literatura.

Ilustrou livros de outros escritores quando saiu da universidade e escreveu os seus primeiros contos aos quinze anos, abordando histórias e temas para adolescentes, que não chegou a publicar.

O seu romance de estreia, publicado em 1950, foi adaptado para cinema pelo realizador Alfred Hitchcock, e tanto o filme como o livro são hoje considerados grandes clássicos do suspense.

Os cineastas René Clément, Wim Wenders e Anthony Minghella verteram também para o grande ecrã outras das suas obras, interpretadas por algumas das maiores estrelas da sétima-arte, como Alain Delon e Dennis Hopper.

Da imensa e complexa galeria de personagens que criou, destaca-se um sofisticado colecionador de arte e criminoso que não conhece remorsos ou sentimentos de culpa, cujos traços de personalidade variam de obra para obra.

O seu segundo livro foi escrito e editado em 1953, sob o pseudónimo de Claire Morgan, onde ela versou pela primeira vez o universo do homossexualismo, atingindo vendas que quase ultrapassam um milhão de cópias.

A crítica especializada premiou-a diversas vezes, sendo de destacar dois importantes galardões: em 1957 recebeu o Grand Prix de La Littérature Policière, e, no mesmo ano, a British Crime United Association distinguiu-a com a Silver Dagger.

Em 1963 radicou-se definitivamente na Europa, onde viveu primeiro em Itália, depois na Inglaterra, França, e, por fim, na Suiça, onde viria a falecer a 4 de fevereiro de 1995.

Quem é ela, quem é?

 

Solução

 

Mary Patrícia Hangman foi o seu nome completo de batismo, mas não foi o apelido de nascimento que escolheu para o seu nome de escritora. Nasceu em Forth Worth, Texas, e aos seis anos mudou-se para Nova Iorque com a mãe e o padrasto, do qual herdou o apelido artístico. 

Aos quinze anos de idade começou a escrever os seus primeiros contos. O livro de estreia, “Pacto Sinistro”, veio a ser publicado em 1950 e descreve a história de dois homens que se encontram num comboio. Alfred Hitchcock, famoso realizador, conhecido também como mestre do suspense, pegou na história e fez um filme que é hoje considerado um clássico do género.

O seu mais famoso personagem, Tom Ripley, bissexual e serial killer, apareceu pela primeira vez em 1955 no romance “O Talentoso Mr. Ripley” e foi transposto para a sétima arte por três vezes: primeiro pelo francês René Clément, depois pelo realizador e argumentista britânico Anthony Minghella, e, mais tarde, pelo cineasta, fotógrafo e dramaturgo alemão Wim Wenders.

Ela foi uma escritora que se destacou por explorar o lado psicológico e a culpam dos que transitam num mundo sem moral. Morreu na Suiça, em 4 de fevereiro de 1995, e chama-se… Patrícia Highsmith.

© DANIEL FALCÃO