|
TORNEIO “QUEM É? QUEM É?” Prova nº 7 Nasceu em Chicago, a 23 de julho de
1888, de ascendência irlandesa, e tinha menos de 7 anos quando os pais se
divorciaram. Passou a viver com um tio materno, advogado de sucesso, primeiro
na Irlanda e depois em Inglaterra. Com o seu apoio financeiro, frequentou na
juventude o londrino Dulwich College. E foi em Londres que editou os
primeiros escritos (ensaios e poesia), enquanto trabalhava como free-lancer
nas publicações The Westminster Gazette e The Spectador. O regresso aos Estados Unidos aconteceu
em 1913, onde trabalhou como contabilista, antes de se alistar no exército
canadiano, com o qual combateu em França. Após o armistício da 1ª. Guerra
Mundial, mudou-se para Los Angeles, onde conheceu uma ex-atriz (Cissy
Pascal), mulher de assinalável beleza e 19 anos mais velha do que ele, com
quem casou em 1924. Em 1932, com 44 anos, ocupava a
vice-presidência de uma importante empresa petrolífera da Califórnia, mas
problemas de alcoolismo e a grande depressão econónima dos Estados Unidos
atiram-no para o desemprego. Para sobreviver, começou a enviar novelas de
ação (em folhetins) para as revistas Black Mask e Manhunt e para o jornal
Daily Mail. O seu primeiro romance policial foi
publicado em 1939, onde surgiu o seu mais conhecido herói, com o qual
alcançou o almejado e incontestável triunfo, proclamado pela crítica de toda
a imprensa dos Estados Unidos. O realizador Howard Hawks transpôs, sete
anos depois, aquele seu romance para o cinema, com um filme que conquistou
assinalável êxito, com Humphrey Bogart a vestir a pele do protagonista, mais
tarde encarnado em outros filmes por Alan Ladd, Robert Mitchum e Kirk
Douglas, ou mais tarde por Powers Boote, numa série policial que fez grande
sucesso também na televisão portuguesa. A morte de Cissy Pascal, em 1954,
arrasou-o emocionalmente e voltou a refugiar-se no álcool. A sua escrita
ressentiu-se, tanto em termos quantitativos como qualitativos, e acabou por
tentar o suicídio em 1955. Viria a falecer em 1959, vítima de pneumonia. Quem é ele, quem é? Solução Logo após o armistício da primeira
grande guerra mundial, ele casou com a ex-atriz Cissy Pascal, mulher de uma
assinalável beleza física, mas sensivelmente mais velha do que ele, com quem
viveu numa harmonia quase perfeita. Aos 44 anos, foi despedido da companhia
petrolífera onde trabalhara durante mais de um quarto de século e, sem
encontrar novo emprego nesse período de depressão económica dos Estados
Unidos, decidiu tentar materializar um sonho que sempre o dominara: ser
escritor. Começou por enviar novelas de ação, em folhetins, para as revistas
Black Mask e Manhunt e para o jornal Daily Mail. E, seguindo os padrões
temáticos de Ernest Hemingway e Dashiell Hammett, tornou-se um profissional
desse género literário. Em 1939, com a publicação do seu primeiro
romance (“The Big Sleep”, “À Beira do Abismo”, na edição portuguesa),
alcançou o almejado e incontestável triunfo, proclamado pela crítica de toda
a imprensa norte-americana. O escritor – e, ulteriormente, seu biógrafo –
Franck MacShane observou a respeito do principal herói (Philip Marlowe) por
ele criado: “Tal como o Poeta Virgílio, na Divina Comédia, de Dante, aquela
sua personagem guia-nos através do inferno paradisíaco da Califórnia do Sul,
conduzindo-nos ao encontro das mais diversas figuras da corrupção social”. Em 1946, Howard Kawks adaptou “The Big
Sleep” para o cinema, realizando um filme inesquecível que teve por
protagonista Humphrey Bogard, o primeiro Philip Marlowe personificado na
sétima arte. A partir de então o escritor despertou também o entusiasmo de
outros famosos realizadores de Hollywood, entre os quais Bill Wilder, Alfred
Hitchcock e George Marshal. Em consequência desse interesse, os seus sete
romances e oito das suas novelas metamorfosearam-se em filmes, nos quais
Marlowe não só foi interpretado por Bogard, mas também por Alan Ladd, Robert
Mitchum, Kirk Douglas e ainda outros, como Powers Boote, que o público
português teve ocasião de apreciar na série televisiva “Marlowe, Detetive
Privado”, personagem criada por… Raymond
Chandler. |
©
DANIEL FALCÃO |
|