TORNEIO “QUEM É? QUEM É?”

 

Prova nº 8

 

Romancista, poeta, ensaísta, jornalista, biógrafo e historiador inglês, nasceu em Londres em 1874 e morreu na mesma cidade 62 anos depois. Filho de um negociante imobiliário, estudou na St Paul’s School e formou-se na Slade School of Art. Iniciou a sua carreira literária como jornalista e tornou-se conhecido por uma série de artigos e ensaios leves e humorísticos.

No entanto, a sua reputação popular e mundial deve-se às histórias de um sacerdote, inspirado numa personagem real, que se dedica à atividade de detetive, um sujeito baixo e quase andrajoso, com o seu rosto de querubim, redondo, e o seu inseparável guarda-chuva volumoso, que resolve todos os casos com uma simplicidade de argumentos impressionante, pedindo meças em popularidade aos respeitáveis e imortais Sherlock Holmes, Arsêne Lupin e Lecoq.

Os seus escritos jornalísticos estão reunidos em diversos volumes, assim como os seus romances, onde figuram vários imaginativamente futuristas no sentido em que situam o homem em contextos invulgares, enquanto outros tratam, normalmente, sob um enredo policial, teses e ideias filosóficas ou religiosas.

A crítica social está patente em boa parte da sua obra literária, assim como a sua aversão ao capitalismo e ao socialismo. E a conversão ao catolicismo, em 1922, encarada retrospetivamente, parece uma consequência inevitável dos seus polémicos escritos sociais e das suas obras de ficção.

Já no final da sua vida, ganhou imensa popularidade com uma série de palestras que efetuou na BBC, bem como inúmeras conferências em universidades dos Estados Unidos, Canadá e na Europa. No ano da sua morte, em 1936, publicou a sua autobiografia.

Quem é ele, quem é?

 

Solução

 

Romancista, poeta, ensaísta, biógrafo e historiador inglês, nascido em Campden Hill, Londres, iniciou a sua carreira literária como jornalista e tornou-se conhecido por uma série de artigos e ensaios semanais breves e humorísticos, mas cedo se estreou na escrita de ficção. 

Entre os seus romances figuram vários imaginativamente futuristas, no sentido em que situam o homem em contextos invulgares, e outros tratam, normalmente sob um enredo policial, teses e ideias filosóficas ou religiosas. 

The Napoleon of Notting Hill (1904), o seu primeiro romance, profetiza uma Londres onde o povo elege um rei que restaura a excitação da pompa da Idade Média e cria zonas autónomas dentro da cidade, levando que Notting Hill se opusesse a um projeto de construção de estradas e a sua resistência através de batalhas subtilmente baseadas em conceitos de guerra medievais.

Por outro lado, “The Man Who Was Thursdy” (“O Homem Que Era Quinta-feira”, na tradução portuguesa), publicado em 1908, romance com enredo policial, pega no tema católico e aplica-o a uma intriga fantástica com espiões e detetives, terminando com uma alegoria teológica. 

A este romance seguiram-se “The Ball and the Cross” (1910), sobre o racionalismo e a fé cristã, “Manalive” (1912), um hino à vida e ao renascer da esperança, e “The Flying Inn” (“A Estalagem Volante”, na tradução portuguesa), editado em 1914, contra as limitações da liberdade.

A sua conversão ao catolicismo em 1922 é uma consequência inevitável dos inúmeros e ainda hoje polémicos trabalhos teológicos subsequentes, que combinam a subtileza, o engenho e a ponderação, de onde se destacam as obras “The Catholic Church and Conversion” (1926) e “St. Thomas Aquinas” (tradução portuguesa: “S. Tomás de Aquino”), publicado em 1935.

 No ano da sua morte, em 1936, publicou a sua “Autobiografia”, onde passa em revista toda a sua via e obra, que iniciou como jornalista e terminou como conferencista, percorrendo nesta qualidade inúmeras universidades dos Estados Unidos, Canadá, para além de diversos países europeus, sequência de uma série de palestras na BBC que alcançou um enorme sucesso. 

No entanto, a sua reputação popular e mundial deve-se fundamentalmente às histórias do Padre Brown, que têm como modelo e inspirador o padre O’Connor, pároco de Beaconsfield, localidade onde ele viveu durante algum tempo. O Padre Brown, um sacerdote católico encantador e aparentemente distraído, que possui na realidade um cérebro analítico comparável ao de Sherlock Holmes, o célebre detetive saído da imaginação de Arthur Conan Doyle. 

As obras completas que têm por protagonista esse sacerdote baixo e quase andrajoso, sujeito simpático de rosto redondo, sempre acompanhado de um guarda-chuva volumoso, que resolve todos os casos com uma simplicidade de argumentos impressionantes, foram publicadas em Portugal pela primeira vez em 1986, reunidas em cinco volumes de contos (“A Inocência do Padre Brown”, “A Perspicácia do Padre Brown”, “A Incredulidade do Padre Brown”, “O Segredo do Padre Brown” e “O Escândalo do Padre Brown”). E o seu criador é… G. K. Chesterton.

© DANIEL FALCÃO