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DESAFIOS POLICIÁRIOS |
VOLTA
POLICIÁRIA A PORTUGAL Etapa nº
10 (2º troço) Solução |
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COM TANTOS INIMIGOS… Autor: Paulo 1 – Como o medicamento às oito horas estava bom, o veneno teve que ser colocado dentro do departamento. 2 – Como o número de pessoas que entraram no departamento está controlado, o crime só pode ter sido cometido por essas pessoas ou por Fernando Santos. 3 – Dado que Fernando Santos andava de cadeira de rodas, não conseguiria chegar à prateleira onde estava o veneno. Deste modo podemos eliminá-lo do lote dos suspeitos. 4 – Manuela Ribeiro e Cláudia Torres também deverão ser eliminadas, pois teriam de actuar em conjunto, dado terem estado sempre juntas. 5 – Jorge Lopes não teve oportunidade de estar sozinho no gabinete. Quando saiu da secretaria, ainda lá estava André Palma, e como regressaram juntos, tendo André Palma voltado para o gabinete, não teria oportunidade de lá entrar. O envenenamento por parte de Jorge Lopes teria de ser feito de cumplicidade com André Palma, nada havendo que aponte nesse sentido. 6 – Quanto a André Palma, Luísa Monteiro e Carlos Marques, qualquer um deles teve oportunidade para utilizar o veneno. 7 – Dos dois venenos à disposição – cianeto de prata e cianeto de potássio –, o primeiro jamais seria utilizado por um químico na presente situação. A água corrente possui iões de cloreto em quantidade suficiente para fazer precipitar o cloreto de prata, que é um sólido branco. Foi esse precipitado que João Oliveira observou quando deitou as gotas na água e que o fez suspeitar de que algo estava errado. Um químico usaria o cianeto de potássio, uma vez que o cloreto de potássio e todos os sais de potássio, em geral, são muito solúveis. 8 – Resta Luísa Monteiro, que, sendo da área de Letras, não tinha conhecimentos de Química suficientes para escolher o veneno “correcto”. Conhecendo apenas, por ouvir falar certamente, que o cianeto era venenoso, escolheu um aleatoriamente, quando esteve sozinha no gabinete. 9 – A inexistência de impressões digitais era fácil de conseguir, bastando pegar nos frascos com um pouco de papel. { publicado na secção “Policiário” do jornal “Público” de 4 de Janeiro de 1998 } |
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© DANIEL FALCÃO, 2005 |
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