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(21.Abril.1925 – 30.Novembro.2019) |
CALEIDOSCÓPIO 1 JANEIRO:
ANO NOVO – VIDA NOVA Correr o risco
de sonhar que, para além das ideias, das crenças e dos sentimentos díspares,
há algo que vai unir-nos, é em si um sonho… mas realizável. Há sempre um
ponto mais alto a atingir. Saibamos ultrapassar os efeitos das correntes e
das marés. ANO NOVO Estamos
presentes! EFEMÉRIDES
– Dia 1 de Janeiro 1918 – Uma pequena editora de Londres publica em 3 volumes
a 1ª edição do romance Frankenstein – de autor anónimo. O nome da autora, Mary Sheelley,
só surgirá na 2ª edição em 1923. 1952 – Publica-se o primeiro número da revista
policiária mensal O Gato Preto –
Antologia de mistério e fantasia, organizada por Francisco A. Branco e
Manuel do Carmo e colaboração de Victor Palla.
Foram publicados seis números, uma promessa de árvore de bons frutos que não
perdurou. Ernest Tidyman (1928-1984) –
Nasce em Cleveland (EUA). Escritor policiário publica em 1971 Shaft. Jonh Shaft é um detective negro, o personagem principal de uma série de
sete livros que foram adaptados ao cinema e à televisão. Ernest Tidyman recebe vários prémios pela adaptação ao cinema da
obra The French Connection – Os Incorruptíveis Contra a Droga. UM
TEMA – O PRIMEIRO CRIME Apresentado
como o filho de Adão e Eva, segundo a tradição ulterior, Caim matou por
inveja o seu irmão Abel, apesar de advertido por Deus. O episódio da primeira
geração humana mostra que o ódio e o crime remontam às origens e são fontes
de pecado. Tem servido de
tema a várias narrações literárias, conto e romance, já que respeita a
motivação frequente do crime entre irmãos. Em Adão e Eva
revela-se, desde logo, o pecado de desobediência, capacidade impulsionadora
de disposição de praticar crimes que no homem se assinala através do filho, o
fratricida Caim. O primeiro
crime da história hebraica repete-se com insistência: Absalão matou Ámon,
Salomão matou Adonias, sem esquecer os intermináveis anónimos. Mas, dos
tempos sem história, da história ao presente, o crime é uma realidade, um
contributo de vidas humanas brutalmente extintas sem justificação ao limite.
Ontem como hoje, neste aspecto a Humanidade não evoluiu.
O crime é uma constante. Em muitos
milhares de anos o homem permanece igual a si próprio, imutável. Modificam-se
as condições de vida, beneficia-se o bem-estar, mas mantém-se a permanente
agressividade. Porquê? Pergunta sem
resposta satisfatória. Existem teorias igualmente insatisfatórias. A explicação
estará na explicação do próprio homem, sobretudo na compreensão da parte mais
difícil do seu todo: a alma. Aí deve o homem debater e entrechocar as teorias
e os conceitos da vida e da morte. Mas não é fácil. As razões que levam ao
crime e à delinquência são inexplicáveis e de motivação quase infinita, o que
constitui um mistério para o próprio homem. M. Constantino In Policiário de
Bolso,
1 de Janeiro de 2012
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© DANIEL FALCÃO |
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