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(21.Abril.1925 – 30.Novembro.2019) |
CALEIDOSCÓPIO 4 EFEMÉRIDES
– Dia 4 de Janeiro Maria Archer (1899-1982) –
Nasce em Lisboa Maria Emília Archer Eyrolles Baltasar Moreira. De 1910 a 1934 vive entre
Portugal e Angola, Moçambique e Guiné o que viria a determinar o realce da
temática colonial na sua produção literária. Em 1935 publica o primeiro livro
Três Mulheres, em Luanda e regressa
de seguida a Portugal, onde luta para se afirmar como escritora e jornalista.
Em 1955 parte para o Brasil de onde só regressa em 1979. Maria Archer marcou a literatura feminina do séc. XX. Escreveu
cerca de meia centena de obras, muitas com várias edições: romances, novelas,
contos, peças de teatro e ensaios. Tem uma obra marcante na colaboração
regular com diversos jornais e revistas relevantes à época – Diário de
Lisboa, Eva, O Atlântico, O Mundo Português, Portugal Democrático, Seara
Nova, O Estado de S. Paulo e Gazeta de São Paulo. Publica em
1947 um romance policiário de boa urdidura A Morte Veio de Madrugada, da qual são protagonistas Agente Félix
e Crispim. UM
TEMA – NARRATIVA POLICIÁRIA Elemento
básico da narrativa policiária, o crime (em regra misterioso), a investigação
policial, as pistas, as armadilhas, o interesse dramático e o jogo de
raciocínio e mental são as condições que definem este tipo de literatura.
Este é o modelo concebido pelo norte-americano Edgar Allan
Poe em1941 ao publicar Os Crimes da Rua
da Morgue. Nele cria o primeiro investigador da era moderna, Auguste Dupin e mais tarde, em 1887, o inglês Arthur Conan Doyle apresenta o
inigualável e inesquecível Sherlock Holmes. Talvez por ser
uma formação anglo-saxónica, a narrativa policiária (ou policial) foi sempre
mais apreciada nos países de língua inglesa, quer na leitura, quer no
numeroso grupo de autores. Ao longo dos anos atinge novas regras, sofre
mutações até ao presente, ora dominado pelo thriller, misto de aventura
criminal e de suspense. Em França,
país desde sempre considerado de elite intelectual, o pioneiro é Émilie Gabaroriau, com O Caso Larouge
(1866). A narrativa
policiária em Portugal, como noutros países, não teve grande aceitação pelo
menos nos anos iniciais. É pioneira a dupla Eça de Queirós – Ramalho Ortigão,
com O Mistério da Estrada de Sintra
(1870), primeiro publicado em folhetins no Diário de Notícias e depois em
livro. Durante
décadas foi considerada um género menor, popular, havia de vencer o estigma,
sobreviver e impor-se. Há presentemente um número substancial de autores, colecções e obras policiárias best-sellers no mercado. M. Constantino In Policiário de
Bolso,
4 de Janeiro de 2012
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© DANIEL FALCÃO |
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