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(21.Abril.1925 – 30.Novembro.2019) |
CALEIDOSCÓPIO 38 EFEMÉRIDES – Dia 7 de Fevereiro Charles Dickens (1812-1870) – Charles John Huffam Dickens nasce em Landport,
na ilha de Portsea na costa sul de Inglaterra. É
considerado o escritor mais popular do período vitoriano e nos seus romances
a crítica social tem uma presença forte. Apesar de não ser encarado como um
escritor de ficção policiária, é óbvia a ligação da sua obra ao crime e ao
mundo dos criminosos. Por exemplo, em The Adventures of Oliver Twist
(1838) o famoso carteirista Fagin é um verdadeiro
professor do crime ao treinar os miúdos da rua na arte do roubo, em The Life and Adventures of Martin Chuzzlewit (1844)
o detective particular Nadgett, é encarregado de resolver um assassinato, e em Bleak House
(1853) há o detective Inspector
Bucket e um mistério para esclarecer. Dickens
interessa-se pelas actividades da Polícia e não
nega o seu fascínio pelos detectives profissionais,
o que é bem patente em vários textos curtos, como The Detective Police
e On Duty with Inspector Field,
publicados na revista semanal Household Words (1850 - 1859). Charles Dickens more inesperadamente
e deixa por terminar The Mystery of Edwin Drood,
um romance publicado em folhetins mensais. J. S. Fletcher (1863-1935) – Joseph Smith Fletcher nasce em Halifax, West
Yorkshire, Inglaterra. É jornalista e
escritor. Escreve o primeiro romance, Andrewlina, em 1889, ao qual se seguem quase duas centenas
de romances e contos do género clássico popular. Cria o investigador privado
Ronald Camberwell, protagonista de livros cuja acção decorre em Londres. The Middle Temple Murder de 1919 é considerado o seu melhor trabalho. TEMA
– JUSTIÇA – Os Duelos e a Lei Data do
histórico duelo entre Antero de Quental e Ramalho Ortigão, dois intelectuais
da época. Antero considerado um temperamental ilhéu, bélico e atrevido na
linguagem, mas de débil compleição física e que ousava com presunção,
desafiar um tripeiro ágil e destemido, de características atléticas, apanágio
de Ramalho, o qual era já de antemão tido como vencedor, havendo quem temesse
pela sorte do açoriano. O evento teve lugar em Arca de Água, no Porto, e
Ramalho sai ferido sai ferido aos primeiros passos. O acontecimento foi
fortemente comentado e os portuenses não calavam o pasmo. Nota: Existem diferentes datas atribuídas a este duelo:
4, 6 e 7 de Fevereiro de 1966. Sem hipótese, de momento, de poder confirmar a
data exacta a opção foi de manter o dia 7,
referenciado por Eça de Queirós nos seus registos. TEMA
– FICHA CRIMINAL – O Prazer de Matar Cada dia, em
algum lugar, uma pessoa chega ao último dia da sua existência. O caso Grace Buddle dez anos de idade
parecia ter pouquíssimas possibilidades de ocorrer no domingo, 3 de Junho de
1925. Ainda que para os pais e o filho Edward, de dezoito anos, e a pequena Grace estivessem muito longe da abundância, formavam uma
família feliz. Edward publicara um anúncio a pedir um emprego e tudo
melhoraria. O optimismo deste foi confirmado, um
homem de avançada idade e aspecto respeitável,
Frank Howard dava uma oportunidade a Ed para viver ao ar livre, ajudando-o
numa quinta em Farmingdale. Por gratidão, confiando
no homem baixo e de cabelos brancos, o casal permitiu que ele levasse a
filha, Grace, a uma festa infantil que a irmã de
Frank Howard ia dar naquela tarde. Não voltaram a
vê-la com vida. Não havia
qualquer festa. A pequenita foi levada a uma casa desabitada em Greenburgh, onde Albert Fish – o verdadeiro nome de Howard – a estrangulou. Passaram-se
seis anos antes que alguém tivesse notícias de Grace
Budd. Todavia, em 11 de Novembro de 1934, os Budd receberam uma carta enviada pelo assassino,
informando que se acostumara a comer carne humana com um amigo, o capitão
John Davis, e não resistiu em levar Grace, e depois
de a estrangular, comê-la. Não a tomara, morrera virgem, afirmava. A carta causou
um efeito terrível. Contrataram o detective Smith
que descobrira a pista de Fish, de 66 anos, até
Nova Iorque, onde foi preso a 13 de Dezembro. Tinha em seu poder uma série de
recortes narrando os crimes que cometera Fritz Haarmann ,
o vampiro de Hanover. Fish
confessou o assassinato e até ao julgamento no Tribunal de White Planes foi submetido a variadíssimos exames
psiquiátricos pelo Dr. Fredric Wertham,
que considerou Fish um dos casos de perversão mais
desenvolvidos da literatura de psicologia. Fish
confessou que sentia prazer em matar crianças e que actuava
segundo as ordens de deus. Admitiu cometer actos
obscenos com quase uma centena de crianças e ter assassinado quinze, em vinte
e três estados, desde New Jersey a Montana. Parecia óbvio
que a defesa de Fish se basearia em loucura. Mas em
12 de Março de 1935 os jurados opinaram pela culpa deliberada de assassinato
em 1º grau. A única esperança de Fish estava nas
apelações, enquanto aguardava a execução em Sing Sing. Não sabemos o prazer que teve na sua própria
execução na cadeira eléctrica, numa manhã gélida de
1936. M. Constantino In Policiário de
Bolso,
7 de Fevereiro de 2012
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© DANIEL FALCÃO |
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