M. CONSTANTINO

(21.Abril.1925 – 30.Novembro.2019)

CALEIDOSCÓPIO 63

EFEMÉRIDES – Dia 3 de Março

Nicolas Freeling (1927-2003) – Nicolas Davidson nasce em Londres. Trabalha como chefe de cozinha em vários países da Europa. É o criador do Inspector Piet Van der Valk, da polícia de Amesterdão e do Inspector Henri Castang da polícia francesa. O seu primeiro livro é Love in Amsterdam (1962) que também é publicado com o título Death in Amsterdam tem como protagonista Van der Valk. O autor escreve 13 livros para esta série, alguns dos quais têm também como personagem principal Arlette Van der Valk, mulher do inspector. A série Henri Castang tem 16 livros e Freeling, que também usa o pseudónimo F.R.E. Nicolas escreve ainda mais 8 romances policiários. É nomeado em 1963 para o Gold Gagger da British Crime Writers Association com Gun Before Butter (1963) e é também com este livro que recebe em França o Grand Prix de Roman Policier, em 1965. Recebe ainda o Edgar Allan Poe Award para Best Novel, em 1967, pelo romance King of the Rainy Country.

Em Portugal estão editados vários livros de Nicolas Freeling, a maioria na Colecção Vampiro da Editora Livros do Brasil.

http://3.bp.blogspot.com/-a9JnR82esEY/T1EISjeFGmI/AAAAAAAAAyI/htHrJCIsD-0/s200/Crime%2Bem%2BAmesterd%25C3%25A3o.jpg

Max Allan Collins (1948) – Nasce em Muscatine, Iowa, EUA. Repórter jornalístico, professor de inglês, músico, argumentista, autor de banda desenhada publica em 1973 Bait Money, o primeiro romance policiário da série Frank Nolan, um ladrão profissional, que protagoniza mais 8 livros. Em 1976 cria um novo personagem, Quarry, com 10 títulos editados. Em 1983 cria Mallory, um antigo combatente do Vietname que se torna num escritor pacifista e resolve mistérios no Iowa: 5 livros já publicados. No entanto o melhor personagem criado por este autor é sem sombra de dúvida, Nathan Heller, um polícia de Chicago dos anos 30 que se torna detective privado por causa da corrupção policial e política vigente. Esta série, conta com 17 livros, é iniciada em 1983 com True Detective e o último título publicado em 2012 é Triple Play, onde estão reunidas algumas histórias de Nathan Heller.

Max Allan Collins é autor, e co-autor, de várias séries televisivas conhecidas, como Mentes Criminosas, Ossos, CSI; a sua graphic novel (quadradinhos) On Road To The Perdition (1998) é adaptado ao cinema por Sam Mendes e protagonizado por Paul Newman,Tom Hanks, Jude Law e Daniel Craig. Na área da literatura policiária Collins escreve thrillers históricos, a biografia de Jim Thompson e um estudo sobre Mike Hammer, famoso personagem de Mickey Spillane.

É um único autor com 10 nomeações para o Shamus Award da Private Eye Writers of America e 2 vezes vencedor com o já referido True Detective (1983) e com Stolen Away (1991). É nomeado pelo Mystery Writers of America para Edgar Award: em 1985, na categoria de biografia. por One Lonely Knight: Mickey Spillane's Mike Hammer; em 1993 na categoria melhor short story com Louise; em 2002, na categoria de melhor ensaio critico com The History of Mystery; e em 2005, na categoria de melhor peça com Eliot Ness: An Untouchable Life.

Max Allan Collins usa os pseudónimos Barbara Allan e Patrick Culhane.

http://4.bp.blogspot.com/-lfGCJAm4_kA/T1EHQAnwRjI/AAAAAAAAAxk/rH6QmVM5Q2w/s200/Max%2BAllan%2BCollins.jpg     http://1.bp.blogspot.com/-9bHiuddBI5w/T1EHQXUgUFI/AAAAAAAAAxs/0iX3rBADY48/s200/Max%2BAllan%2BCollins%2B1.gif

TEMA – A ARTE DE DECIFRAR

Recomendável é o método que o grande escritor Fernando Pessoa põe na boca do seu personagem, o investigador Dr. Quaresma.

A investigação depende, essencialmente, da plena segurança dos raciocínios; e plena segurança dos raciocínios depende essencialmente de três coisas: 1ª a determinação primária de quais são, no caso de que se trate, os factos, isto é, aqueles detalhes da realidade que, sendo absolutamente nítidos, sejam de todo incontroversos; 2ª a determinação secundária de qual o facto de conjunto, isto é o facto formado pela relação entre si desses factos primários; 3ª partindo desse ponto, qual a história inteira do caso, isto é, indo de indicação em indicação, eliminando, comparando, joeirando, qual a conclusão que vai dando de si o facto conjunto quando devidamente, e progressivamente, analisado.

M. Constantino

In Policiário de Bolso, 3 de Março de 2012

 

Anterior

 

Seguinte

© DANIEL FALCÃO