|
CLUBE DE DETECTIVES |
MUNDO DOS
PASSATEMPOS |
||
|
O ENIGMA DO CRIME Autor:
Leiria Dias No Desportivo Nacional, reunia-se, extraordinariamente, nessa tarde, a Direcção, por causa de assuntos inadiáveis, sabendo-se que um dos elementos dos corpos directivos ia ser acusado de graves irregularidades. A reunião tinha começado há pouco, ocupando os directores, à volta da mesa onde se sentaram, os lugares que se indicam no “croquis” seguinte: Algum tempo depois, o Inspector Argus foi
enviado ao Clube, porque, durante a reunião, o Tesoureiro caíra morto, com um
tiro no meio do ventre, disparado por uma arma que depois se encontrou
debaixo da mesa, sem quaisquer impressões digitais. Ninguém sabia como aquilo se tinha passado,
ou notara qualquer atitude estranha dos companheiros, nem mesmo o Presidente,
que era irmão da vítima. Ao Presidente e 2º Secretário foram
restituídas as armas que possuíam, às quais não faltava nenhuma bala. A única pessoa que então prestou declarações
foi um empregado do Clube, que, nessa altura, viera trazer um copo com água
ao 1º Vogal e que afirmou ter ouvido o tiro, no momento em que este pousava o
copo vazio na bandeja. O Sr. Tesoureiro –
continuou o empregado – estava a assinar uns documentos e, ao ouvir-se o
disparo, caiu, imediatamente, sobre a mesa. Além do que ficou
relatado, o nosso Inspector conseguiu apurar ainda o seguinte: Na altura do tiro, o
Vice-Presidente estava de pé, usando da palavra; Um dos directores,
que não o 1º Secretário, era ambidextro; O 2º Vogal era
canhoto inveterado, nada sabendo fazer com a mão direita; O 2º Secretário
lacrava uma carta, servindo-se de uns fósforos que o 1º Secretário lhe dera,
no mesmo instante. Perante os factos, e apenas com os dados que acabamos de
referir, o nosso hábil Inspector Argus resolveu este caso. Pergunta-se: a) Quem matou o
Tesoureiro? b) Em que baseia a
sua opinião? { publicado na secção “Mundo dos passatempos” do jornal “O Almeirinense” em 15 de Junho de 2007 } |
|
||
© DANIEL FALCÃO, 2007 |
||||