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CLUBE DE DETECTIVES |
TORNEIO RÁPIDAS
POLICIÁRIAS 1994 Prova nº 4 |
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Solução de: ENIGMA AO ENTARDECER Autor: O Falcão
Acerta quem escolher a alínea B. A chave do problema está no cartão que se encontra “entre os dedos crispados” da vítima e na tentativa de o tirar da mão da vítima, com alguma dificuldade, sem o rasgar. A dificuldade de o detective tirar o cartão sem o rasgar demonstra que o cadáver já apresenta um sintoma de princípio de rigidez cadavérica, o qual se começa a manifestar três a quatro horas “post mortem”. A janela aberta e a consequente entrada de ar fresco colaboram na apresentação do sintoma. Assim, a esposa não podia ter encontrado o marido vivo às cinco horas e um quarto, pois ele já teria morrido há pelo menos três horas, antes das três da tarde. Só tem interesse em mentir, sendo ela a autora do homicídio, o qual teria ocorrido entre as duas (altura em que o secretário lhe foi levar a correspondência) e a três da tarde. Também seria ela quem teria mais facilidade em agarrar a estatueta, passar por detrás do marido, sem que ele desconfiasse, e desferir-lhe o golpe fatal. Quanto ao cartão na mão da vítima, há duas possibilidades:
ou o engenheiro Eduardo Dias o tinha na mão por qualquer motivo quando foi
assassinado ou foi a esposa que o colocou lá depois de ter morto o marido. É
de crer que o engenheiro Nuno Silva tenha lá estado por volta das cinco e um
quarto, tenha visto o corpo e tenha fugido, assustado. Mais tarde, regressou
e… foi interrogado pela polícia. { publicado na secção “Policiário” do jornal “Público” de 27 de Fevereiro de 1993 } |
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© DANIEL FALCÃO, 2005 |
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