Autor Data 16 de Março de 2012 Secção Correio Policial [24] Publicação Correio do Ribatejo |
CRIMINOSO APRENDIZ A. C. R. Já
há tempo que as coisas não corriam bem para Osvaldo Brito. Dois ou três
negócios de êxitos negativos tinham-no deixado a “abanar”. Pensou na melhor
maneira de resolver a precária situação em que a sua desdita o lançara mas
não havia meio de atinar com a ideia salvadora. A preocupação do seu espírito
aumentou dia a dia de tal modo que foi quase naturalmante
que acabou por admitir o meio mais fácil e menos recomendável: o crime. No
seu cofre, colocado no escritório, havia uma apreciável quantia – o
suficiente para o deixar a salvo – que só tinha o defeito de não lhe
pertencer, pois estava ali a pedido de um amigo. Mas, com um pouco de
astúcia, poderia preparar um golpe que deixaria o outro de boca aberta e ele
de bolsos cheios. E não demorou a pôr a ideia em prática. Naquela
manhã, mal se levantou e vestiu, entrou no escritório e lançou-se ao trabalho
de simular um assalto. Abriu o cofre, donde tirou dois maços de notas que foi
pôr a bom recato e, em seguida, sobre o tampo da secretária, espalhou o
frasco da cola sujando várias folhas sobre as quais colou outras na mais
aparente desordem. Abriu as gavetas e lançou o conteúdo no soalho. “Tudo
bem”, pensou. Pegou no telefone e ligou para a Polícia. Quando o atenderam
explicou que durante a noite, por volta das 3 horas, sentira barulho no
escritório. Levantou-se para ir ver e foi surpreendido por um assaltante que
o agrediu na cabeça. “Caíra desmaiado e só acordara havia minutos. Tinham-no
roubado!” – exclamou. Os
agentes acorreram, prontamente. Em
face do verificado, e depois de examinado o local, o Sr. Osvaldo Brito foi
detido. Pergunta-se:
Porquê? Detalhe
as razões que o levaram a tal conclusão. |
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© DANIEL FALCÃO |
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