Autor

A. Raposo

 

Data

30 de Outubro de 1992

 

Secção

O Detective - Zona A-Team [166]

 

Publicação

Jornal de Almada

 

 

O MISTÉRIO DA CARTA ROUBADA

A. Raposo

 

EDGAR A. PÖE estava esticado na cama da sua cela. O sol entrava, aos quadradinhos, pela única janela à sua cabeceira, local que arejava a cela e por onde entrava uma leve brisa que ajudava a curar a bebedeira da véspera.

Por isso fora preso.

Aliás já não seria a primeira vez!

Pöe ainda via tudo turvo – fora uma camoeca de caixão à cova!

A pesada porta de ferro da cela abriu-se e deixou entrar o gordo xerife de Dallas City.

– Então sr. Pöe, onde está a carta?

– Está aqui na mesinha – disse Pöe – esticando o braço a fim de agarrar a carta sobre a mesa. Porém, nada sobrava naquela mesa nua.

– Não brinque sr. Pöe! – disse o xerife já irado. Se você tem a carta, diga já, e não me faça perder tempo.

Edgar A. Pöe elevou o braço e ergueu a custo a cabeça olhou o local onde devia estar a carta, deixou cair o braço e a cabeça e disse com um ar cansado: – alguém a roubou!

– Sr. Pöe, como é possível? Sómente entrou na sala o carcereiro. Mais ninguém entrou na cela.

– Está bem, disse A. Pöe ao Xerife, nunca ouviu falar no mistério da carta roubada?

– Sim, essa história é conhecida, mas eu próprio verifiquei e garanto que o carcereiro não levou, ao sair, a sua carta.

 

Pergunta-se: Como desapareceu a carta e por onde?

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO