Autor

A. Raposo & Lena

 

Data

25 de Maio de 2008

 

Secção

Policiário [879]

 

Competição

Campeonato Nacional e Taça de Portugal – 2007/2008

Prova nº 5

 

Publicação

Público

 

 

Solução de:

NELINHA – UMA ESTRELA NO CÉU!

A. Raposo & Lena

 

Nelinha apercebe-se de que alguém, interessado no diamante que possuía, desejava um encontro para tentar extorquir-lhe a jóia. Foi-lhe marcado – em nome de Tempicos – na biblioteca do Museu do Teatro, em Lisboa.

Nelinha desconfiou de cilada. Isto tudo logo no dia em que a Tertúlia da Liberdade fazia a sua reunião anual, com almoço e discursos, no restaurante do Museu. Em 21 de Maio de 2006.

Depois de fazer uma revisitação ao passado, lembrou-se que só um homem sabia do sucedido. Só Garçôa, que fora colega de Tempicos na PJ, sabia da subtracção do diamante no Louvre e posteriormente da algibeira de Tempicos quando do regresso, no comboio, para Lisboa.

Nelinha, que era loura mas não burra, armou-se de um livro que pensava abandonar na biblioteca do Museu, para mais tarde vir a ser encontrado, como sucedeu. O livro Memórias de Adriano de M. Yourcenar, levaria aos investigadores, a pista. O nome do personagem que se encontrou com Nelinha na biblioteca.

Mas não satisfeita com esta pista, resolveu deixar outra. Notando a poeira na mesada biblioteca, desenhou com um dedo as letras JLZPGUZ. O enigma era de fácil resolução mas só estaria ao alcance da polícia.

Para a descoberta basta escrever o abecedário de A a Z e colocar por baixo outro mas de Z a A.

Verificarão que a palavra Onairda salta à vista! Nelinha quis deixar os nomes e pseudónimo do seu algoz. Isto, prevendo que poderia vir a ser atacada por ele, como acabou por suceder.

 Na segunda parte da prova Garçôa não confirma a história contada por Tempicos.

Vejamos: um condutor que trava bruscamente baterá eventualmente com a cara no vidro pára-brisas, se não tiver colocado o cinto de segurança. Assim, sem cinto, bateria no vidro do pára-brisas e quebraria os óculos mas estes não voariam para o banco de trás, cairiam no colo do condutor.

Além disso, Tempicos deve ter feito grossa asneira, em Setembro de 2000, para lhe terem proibido o volante durante os dois anos seguintes. E, nesse período, não pode ter passado por diversas operações stop com a antiga carta de condução porque essa carta, emitida antes de Outubro de 1999, para um antigo condutor, não só ainda era de cartolina como teria a indicação de ficar caduca em Setembro de 2000, no 65º aniversário do Tempicos. Portanto, nos dois anos que se seguiram à desastrada travagem ele andaria com um documento em desactualização e caduco, coisa que a polícia nunca deixaria de notar.

© DANIEL FALCÃO