Autor Data 17 de Abril de 2011 Secção Policiário [1030] Competição Campeonato Nacional e Taça de
Portugal – 2011 Prova nº 2 (Parte I) Publicação Público |
Solução de: TEMPICOS E A VIÚVA ALEGRE A. Raposo & Lena O
quadro do Picasso Les Demoiselles
d´Avignon está muito sossegadinho numa parede do Museu Moma de Nova
Iorque, ocupando uma parede no seu tamanhão de mais de dois metros de lado;
não é um pequeno quadro. Tempicos foi contemplado
pela sua amiga Lilly com uma falsificação, sem
valor. Não
há dúvida que foi bem “enrolado”… Analisemos
o crime que aconteceu na mansão do amigo inglês do Tempicos. O
bailarino Romanoff foi morto por tiro dado a curta
distância e por alguém perto da ala leste da vivenda. Sabendo que os quartos
dos hóspedes ficam ao nível do rés-do-chão, até seria possível disparar de
dentro de um quarto, com a janela aberta. A
estradinha de acesso à casa corre junto ao edifício
e vem da rua em direcção à ala nascente. Depois
corta à esquerda seguindo paralela à casa, rodeia a ala oeste e acaba numa
praceta já nas traseiras. Se
o veículo ficou imobilizado entre a porta principal e a estátua, então alguém
através dos quartos da ala nascente poderia ter disparado. Entre a vítima e o
atirador poucos metros os separariam. Lembramos
que na ala esquerda ficavam os quartos da vítima e de Hervé. Sabe-se
que no Reino Unido a condução é pela esquerda e o condutor ocupa o lado
direito do veículo. Como sabemos também, a viatura dirigia-se a casa tendo o
vidro do lado sul – do lado oposto ao condutor – subido. Daí não poderia ter
vindo o tiro, pois o veículo estava incólume. Do lado do condutor estava
aberto o vidro e foi por aí que a bala entrou sem provocar qualquer mossa na
viatura. Se
a mansão estava virada a sul (diz-se na prova) o cavalo da estátua marcharia
para norte e havendo sombra projectada no chão obtida pela espada do cavaleiro isso obriga a que
a foto tivesse sido obtida obrigatoriamente da parte da tarde. Hervé,
que foi o autor da foto, mente dizendo que as fez de manhã. Com
que interesse? Mascarar e dar-lhe um álibi para a parte da manhã. Porém,
mesmo à distância, Tempicos apanhou um mentiroso.
Se foi ele que matou ainda não temos a sua confissão mas a polícia inglesa tem
fama e qualidade. Depressa incriminará o fotógrafo, até porque haveria por
ali um motivo de ciúmes entre ele e Romanoff por
causa do Anderson. As tais cenas “abichanadas”
que o problema policial dá a entender. A
perder ficou Tempicos que já estava a pensar vender
o tal quadro de Picasso; a ele também lhe saiu o tiro pela culatra. |
© DANIEL FALCÃO |
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