Autor Data 31 de Julho de 1980 Secção Mistério... Policiário [279] Competição Torneio
“4 Estações 80” | Mini C – Verão Problema nº 2 Publicação Mundo de Aventuras [356] |
UM PORMENOR INCRIMINATÓRIO… Arjacasa Fim
de tarde calma do mês de Agosto. Eram
precisamente 9 horas e 30 minutos, da noite, quando o inspector
Morgado recebeu um telefonema… Depois
de lhe ser explicada a morada, e após reunir os seus dois ajudantes e um
médico legista, logo se puseram a caminho. Chegados
ao local, depararam com uma bonita e moderna vivenda, rodeada a toda a volta
por um bem cuidado pomar, onde pouco mais ou menos a vinte metros de
distância da larga janela da vivenda se encontrava um indivíduo caído no solo…
Como única pista do atentado de que fora vítima segurava uma pêra, certamente tirada da pereira que se encontrava
junto a si… Frente
a este panorama desolador e após sumárias investigações, reuniu três dos
suspeitos com que se deparou – enquanto o médico legista se atarefava com o
seu trabalho –, dos quais apurou as seguintes declarações: José Ferreira
– Pois eu, tal como o sr. José Pereira, não talava
com o morto… Motivo? Negócios menos lícitos da parte dele, mas juro que não o
matei apesar de o desejar. José Pereira
– Sr. inspector, até que
enfim que aquele maldito teve o destino que merecia, porque ele há anos atrás
me acusou de um roubo na sua casa, do qual fui castigado inocentemente. Maria Antónia (afilhada do morto e
única familiar do mesmo) – Foi perto das 8 horas e 45 minutos,
quando o meu padrinho foi dar uma volta pelo quintal… Talvez uns dez minutos
mais tarde ouvi um tiro, logo seguido de um grito doloroso, precisamente numa
altura em que eu estava debruçada sobre a janela… Apesar de ser um fardo para
mim, devido aos tratamentos e humor, e ser eu única herdeira, como ele afirmava,
não seria capaz de o matar. Depois
de ouvir os suspeitos, Morgado recebeu das mãos do médico-legista o seguinte
relatório: Nome
da vítima: Francisco Silva; Idade:
por volta dos 65 anos (a confirmar). Causa
da morte: uma bala na altura do coração. Tempo
de duração de vida, após o ataque: pouco mais de uma dúzia de segundos (a
confirmar). –
Então, Morgado, informações mais completas e precisas, só depois da autópsia,
mas… quem acha que possa ter sido o criminoso? – perguntou
o médico-legista. –
Bem – respondeu Morgado –, primeiro, peço que me levem… (…) para nos explicar
um pormenor… Depois… Agora é a nossa vez de perguntar,
apesar dos dados muito sucintos e até mesmo incompletos (o caso da balística,
da qual nada tivemos conhecimento…) e dos vazios da actuação
dos ajudantes do inspector: 1
– Quem é que o inspector irá mandar ir à sua
presença para «se explicar»? 2
– Explique, convenientemente, a resposta anterior. |
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© DANIEL FALCÃO |
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