Autor

Asclépius

 

Data

12 de Março de 1981

 

Secção

Mistério... Policiário [303]

 

Competição

Torneio “4 Estações 80” | Mini C – Verão

Problema nº 4

 

Publicação

Mundo de Aventuras [387]

 

 

Solução de:

QUANDO A MEIA-NOITE SOOU…

Asclépius

 

1 – O assassino, não foi o Daniel mas sim o Paulo.

2 – a) O corpo inestético, as mãos gordas de pele macia, certamente que são pedaços de um ser abúlico, de carnes flácidas e adiposas como o era Paulo.

b) Sendo por natureza um tímido, Paulo vivia mais consigo do que com as outras pessoas e portanto susceptível de ter uma mente sonhadora. Uma mente que lhe daria aquilo que não conseguia quando contactava com as demais pessoas porque entre ambos existia uma barreira que a sua timidez não conseguia vencer. De forma que vivendo no seu mundo, ele receia os olhares que lhe dirigem; tem receio de encarar as pessoas, olhos nos olhos. Entretanto, ele fica relativamente à vontade quando a escuridão ou a semi-escuridão o envolve e é nessa altura que ele se torna agressivo, capaz de efectuar aquilo que os seus sonhos lhe traziam. Foi por tudo isto que ele atacou de noite e a resistência que Luísa lhe opôs apenas o enfureceu, pois, que nos seus sonhos tudo era relativamente fácil, correspondendo Luísa à sua paixão. Enfurecido, Paulo, torna-se uma fera que consegue o que pretende mesmo que tenha de recorrer à violência, ou tenha de matar Luísa.

c) Eliminando os suspeitos, temos que:

Carlos – É o namorado de Luísa, portanto é um indivíduo que já alcançara os seus fins e se sente satisfeito, porque ela é sua. Logicamente, ele não atentaria contra a vida de Luísa.

Jorge – Sendo a festa em sua homenagem, certamente que esteve toda a noite assoberbado pelos convidados. Rapaz possante, certamente que dominaria Luísa facilmente o que não aconteceu com o assassino que teve de lhe bater.

Daniel – Apesar de ser louco e um pouco sanguinário, nessa noite encontrava-se bêbado, de forma que lhe seria impossível dominar Luísa. O olhar alucinado e a camisa manchada, apenas vem confirmar as suas declarações de que estivera vomitando.

Paulo – Finalmente, resta-nos Paulo que age inteligentemente, ludibriando os agentes. Porém, já falei suficientemente dele. Resta dizer que a sua afirmação se relaciona com o bar, a abarrotar de gente, apenas quer dizer que a alguém que lá estivesse, ele passaria despercebido…

© DANIEL FALCÃO