Autor Data 5 de Agosto de 1976 Secção Publicação Mundo de Aventuras [147] |
Solução de: ROUBARAM AS JÓIAS AO MEU PATRÃO… Camarada X 1
– A «pista»… era a corda. Corda presa à varanda de
um segundo andar alto… 2
– Ora, se por causa do sistema de alarme, o ladrão não podia entrar no
edifício, pelas portas e janelas junto à rua, como poderia, num edifício de
paredes lisas, muito alto, sem arabescos nem heras… descer por uma corda
presa na varanda do segundo andar – sem ter antes subido até lá?... E se fosse «a subir»… – não
passaria primeiro pela varanda to 1.o andar?... A
tentação, ao sentir-se só, com as jóias, levou o
Baptista a montar todo aquele cenário… e a apoderar-se das mesmas. Solução
apresentada por Johnny Hazard 1
– A pista que o inspector tinha, era precisamente a
corda. 2
– Porque, vejamos: a) …casa MUITO ALTA, de
PAREDES LISAS, sem ARABESCOS nem HERAS… (sic). b) …fio do telefone
cortado, sob a mesma varanda (sic). c) …diz que viu um homem
a descer por uma corda. a)
Se, como dizia o mordomo Baptista, o ladrão não entrou por outro lado, como
conseguiria ele, prender a corda na varanda do 2.o andar?... Segundo ainda o mordomo, a corda encontrava-se
presa, logo se deduzindo que não foi lançada de baixo com nenhum gancho. Além
de que isso seriam métodos para castelos medievais e não para roubos, devido
ao barulho que provocam. Portanto,
se o autor do problema, se empenha em nos focar, que a casa era alta, aliás
muito alta, não tinha arabescos (reentrâncias, cornijas, aljeirozes,
etc.) e que também não tinha plantas trepadeiras, nomeadamente as heras, já o
faz com intenções de chamar a atenção ao solucionista para a impossibilidade
de qualquer entrada por fora. b)
O fio do telefone cortado debaixo da varanda também se encontra muito mal
encenado, pois que é extremamente difícil cortar um objecto
fixo «debaixo de urna varanda», quando uma pessoa se encontra suspensa de uma
corda atada à mesma... Experimentem
e digam-me. Ficam quase a dois metros da parede que fica sob a varanda. c)
Quem desce por uma corda, «carregado»
de 2 coisas: o medo e o produto da «colheita»,
não espera para chegar completamente ao solo… Saltará um ou dois metros
antes, para se safar o mais rapidamente possível. E então, se por acaso for
descoberto quando vem na viagem, mais rapidamente e talvez de mais alto, o
faça! Pergunta-se:
onde estão então as pegadas deixadas, ou que deveriam estar, bem vincadas? Na
falta de imaginação do mordomo Baptista? Só se for aí! Foi pena. Uma
encenação nada digna, de quem (como eu), usa tão ilustre nome – BAPTISTA. |
© DANIEL FALCÃO |
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