Autor Data Maio de 1983 Secção Clube Xis [10] Competição Iº Campeonatos Distritais de
Decifradores de Problemas Policiários 1ª Jornada Publicação Clube Xis |
Solução de: DINHEIRO EM CAIXA DE LENÇOS D. Chicote DESCOBERTO EM
ALJEZUR O AUTOR DO FURTO Despertou o
maior interesse entre os nossos leitores, a notícia que demos em primeira mão
e com o devido desenvolvimento, acerca do furto de que foi vítima o senhor Zé
da Nora. Justificou-se,
assim, nova deslocação a Aljezur, onde tivemos oportunidade de falar com o
chefe do posto da GNR que nos explicou: – Foi fácil
descobrir o gatuno. Na notícia que o vosso jornal divulgou, datada de 23,
dizia-se que “o inverno começou mal… para o senhor Zé da Nora, ontem vítima”.
Portanto o furto ocorreu no dia 22 de Dezembro, o dia mais curto do ano.
Assim, quando o suspeito Bonifácio afirmou que viu um vulto a 100 metros,
carregando às costas, uma canastra com folhas de figueira, tivemos logo quase
a certeza de que fora ele o gatuno. Como sabe, as últimas folhas caem-lhe em
Setembro e a figueira passa despida todo o Outono e Inverno. Mas houve
outros pormenores que denunciaram o gatuno, conforme nos explicou o sargento
da GNR: – A vítima
tinha-nos indicado que os suspeitos estiveram em sua casa pela seguinte
ordem, Anastácio, Pancrácio e Bonifácio, e com intervalos de cerca de uma
hora. Se o Pancrácio esteve lá às 5 horas, só uma hora depois o Bonifácio
visitou a vítima, quando já era de noite. Por isso nos pareceu impossível que
ele houvesse visto o vulto àquela distância e mais ainda que visse o que era
transportado. E concluiu: – As nossas
dúvidas dissiparam-se quando ele afirmou ter visto a caixa dos lenços, quando
ficou só em casa da vítima. Tal como o senhor Zé da Nora vos disse, a caixa
desapareceu juntamente com o dinheiro. Se o Bonifácio, o último que esteve lá
em casa, falou que viu a caixa, é porque os outros dois suspeitos não a
haviam levado. Perante esta
certeza quanto a este suspeito, pouco importa a dificuldade em confirmar se
os outros dois estavam ou não falando verdade. Estes são os
pormenores principais. Claro que o leitor teria de explicar, provando, tudo o
que aqui ficou dito. |
© DANIEL FALCÃO |
|
|
|