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Autor Data 6 de Maio de 1976 Secção Competição Policiário nº 12 Publicação Mundo de Aventuras [136] |
Solução de: A LUTA DOS «PARTIDOS» Dr. Aranha Solução
apresentada por Joe Sousa (Nota: De acordo com o autor do Problema,
escolheu-se, entre as «M. H.», e
como já tem sido feito, a solução que melhor desenvolve o raciocínio e melhor
trata os elementos do texto fornecido peto autor, apontando, por outro lado,
o melhor caminho para os «novos» percorrerem
em busca dos lugares cimeiros da «nova vaga» de Solucionistas! E que bons que aí vêm…) 1
– A palavra-chave é «PARTIDOS». O
texto decifrado: «A ordem de avançar
foi marcada para dia vinte e um». 2
– Devo confessar que nestas coisas de criptografia sou um leigo absoluto.
Assim, para além dos ensinamentos colhidos da lição do «Dr. Aranha», publicada no «M. A.» n.o
119, tive que descobrir com muito esforço os rudimentos da arte. Eis
como encarei o problema: Palavras
do Zé Barata: «…é de transposição
colunar de oito…». Muito
bem. Mas havendo na mensagem 40 letras, criou-se-me logo a dúvida inicial:
oito quê? Oito colunas de 5 letras ou 5 colunas de oito letras? Parti para a
experimentação arrumando as letras conforme as 2 hipóteses. Deu o seguinte,
como deve calcular:
Aqui
começou a «longa marcha» para ver qual dos conjuntos interessava. Ao fim de 2
horas (mais ou menos…) vi que sem a
chave não ia lá. Porque, das duas uma: ou a chave era uma palavra de oito
letras (nesse caso a primeira hipótese era a verdadeira) ou era uma palavra
de cinco letras (e teria de trabalhar com a segunda hipótese). Mas
onde estava a chave? Analisei meticulosamente o texto à procura de palavras
que servissem. É evidente que teria de
ser uma palavra sem letras repetidas, pois só assim haveria uma ordem
alfabética das mesmas. Ao
fim de 7 cigarros (mais ou menos…) acabei por me fixar na palavra «PARTIDOS».
Porquê? Vinha no título entre aspas, tinha 8 letras e nenhuma repetia.
Servia. E depois, para total confirmação, compreendi a ajuda preciosa que o «Sete» afinal dava no comentário ao
problema: «…mas sabendo escolher «partidos»…». Pensei
que tinha o caso resolvido. Mas vão ver: Peguei
na primeira hipótese, já que a chave tinha 8 letras, encabecei cada coluna
com a letra que lhe competia, pondo por baixo de cada uma o número
correspondente à ordem por que ela nos surge no alfabeto: a letra A. é a 1.a,
a letra D a 2.a, a letra I a 3.a, etc. Ficou
assim:
E
comecei tranquilamente a dispor as colunas pela ordem numérica crescente.
Espanto: não dava nada! E nem sequer foi preciso ir muito longe, bastaram as
2 primeiras colunas:
Era
o ruir das esperanças: um M seguido de um R é impossível em português. E
comecei a desconfiar da chave. Nessa altura, como quase rompesse a madrugada
fiz como a Princesa Xerazade: fui dormir. No
dia seguinte voltei à carga, mas optando por outra estratégia. Resolvi
raciocinar. Tarefa penosa para qualquer ser humano, apesar do que se tem dito
em contrário. Cansa. E perante o insucesso, há sempre a tentação da
desistência, da renúncia. Enfim,
depois de variadas e infrutíferas especulações abstractas,
resolvi fazer a minha própria mensagem cifrada, utilizando uma frase e uma
chave da minha lavra. Então,
de repente, tudo foi fácil: descobri que, se a mesma chave nos serve para
cifrar um texto e para o decifrar, na decifração o método da entrada da dita
chave não pode ser o mesmo – tem de ser o inverso! Isto é difícil de
explicar, mas tentemos: Se
ao cifrar uma mensagem, depois de postas as letras em colunas e utilizando os
algarismos que as encabeçam, eu passo a 1.a coluna para o 5.o
lugar e a 2.a coluna para o 1.o lugar, ao decifrar o
texto resultante devo fazer o inverso, repor a ordem inicial, isto é, passar
a 5.a coluna para o 1.o lugar e a 1.a coluna
para o 2.o lugar, etc. Como
a sequência numérica da palavra «PARTIDOS» era, como acima expliquei 5 1 6 8 3
2 4 7, teremos que dar o seguinte arranjo às colunas barulhadas, a coluna que se
encontra em 5.o lugar passa para o 1.o a coluna que se
encontra em 1.o lugar passa para o 2.o a coluna que se
encontra em 6.o lugar passa para o 3.o etc., etc…. Experimentando-se
ver-se-á o seguinte resultado:
Pronto:
é só ler na horizontal, enfiando cada linha na de baixo… E
é tudo. |
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© DANIEL FALCÃO |
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