Autor Data 15 de Maio de 2006 Secção Publicação O Almeirinense |
MATARAM UM VAGABUNDO Elmano Já
lá vão mais de quatro décadas desde aquele ano extremamente quente! O
comissário Dias desceu do automóvel cinzento e aproximou-se, com passos
curtos mas rápidos, do local do crime. Curvou-se sobre o homem morto, de
camisa ensanguentada, tendo uma faca espetada acima do coração, e esperou que
o médico examinasse o cadáver. –
Morte instantânea, concluiu o médico, erguendo-se.
Dias já tinha notado que a arma não tinha impressões digitais. Apressou-se a
perguntar: – Há testemunhas? –
Eu, senhor comissário, respondeu um cantoneiro, saindo de entre o magote de
curiosos. Eu vi os dois vagabundos a discutirem; possivelmente, por partilha
de esmolas. Vi o outro puxar da faca, espetá-la no companheiro e fugir logo.
Fui eu que chamei a polícia. –
Ninguém tem mais nada a acrescentar, perguntou, ainda, o comissário? Ninguém
lhe respondeu. Mas, também, não precisava mais – tinha resolvido tudo… Não há
crime sem castigo! Pergunta-se: 1
– Qual foi a conclusão do comissário? 2
– Por que pensa assim? |
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© DANIEL FALCÃO |
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