Autor Data 30 de Abril de 1981 Secção Mistério... Policiário [310] Competição Torneio
“Dos Reis ao S. Pedro” Problema nº 2 Publicação Mundo de Aventuras [394] |
Solução de: UM CASO FÁCIL… Espião Internacional 1
– Será relativamente fácil saber onde o cadáver foi encontrado, se ligarmos
alguns pormenores existentes no texto: a)
O morto era um indivíduo que via mal ao perto; b)
A sua morte foi causada por fracturas no crânio; e c)
O automóvel, ou melhor, o seu condutor, tem um álibi do qual não se pode
duvidar, dado que foi provado por vários empregados da estação de serviço. Ora
com estas três alíneas, pode concluir-se que não se tratou de atropelamento,
o que, por exclusão, nos leva a afirmar que o cadáver não se encontrava na
faixa de rodagem livre. Então, e como já tinha entrado na estrada, quando
perdeu a vida, teve forçosamente de ser encontrado entre os 2 automóveis
estacionados… Mas onde? No chão? O texto diz-nos que a vítima era baixa e magra.
Se tivesse por qualquer motivo caído ao chão, não era possível «quebrar» a
cabeça nem as costelas… Por outro lado, o texto também nos diz que se ouviu
um baque surdo, o que nos faz pensar numa grande queda… E como terá ele dado
uma grande queda? Elementar! Tinha de haver um buraco no chão! E havia mesmo!
Um desses tampões dos Serviços Municipalizados, que estava aberto nessa
altura… Daí, tratar-se efectivamente (apesar da
ratoeira) de Morte por Acidente. Foi no buraco que ele foi encontrado. 2
– Igualmente fácil é responder à segunda pergunta. Ao
segundo passo, a vítima não viu a tampa do buraco fora do sítio habitual, e
caiu lá dentro, precisamente quando passava um automóvel a alta velocidade
(que serviu para despistar…). O buraco estava sinalizado mas, por azar, tinha
a abertura junto ou perto do passeio… Quando o trabalhador público regressou
ao seu trabalho, encontrou o morto, e avisou as autoridades. E na terra, com
este caso, formou-se mais um provérbio: «Quem é cego e não tem cão, pode dar
um trambolhão». E
é tudo. |
© DANIEL FALCÃO |
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