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   Autor Data Maio de 1984 Secção Clube Xis [22] Competição Iº Campeonato Nacional de
  Decifradores de Problemas Policiários e IIº Campeonatos de Zona de
  Decifradores de Problemas Policiários e IIIº Campeonatos Regionais de
  Decifradores de Problemas Policiários e IVº Campeonatos Distritais de
  Decifradores de Problemas Policiários 4ª Jornada Publicação Clube Xis  | 
  
   CRIME AO SOL Faria –
  Sargento Pázeiro, mande
  prender o sr. Anacleto Silva, pelo assassinato do
  tio. Quem
  assim falava, era o Inspector Faria, satisfeito por
  mais uma vez ter conseguido resolver um dos seus famosos casos. Desta
  vez o mesmo não o ocupara muito tempo e ele pôde, assim, dispor de mais uma
  oportunidade para fazer a sua partidinha de ténis, na companhia do Sargento Pázeiro. Porém,
  antes de ir à sua partidinha de ténis, o Inspector
  deu-me todos os elementos do caso e autorizou-me a apresentá-los a todos os Policiaristas, para ver se o conseguem resolver. OS
  ELEMENTOS SÃO OS SEGUINTES: a)
  A vítima era o sr. Pedro Silva, industrial de
  renome, conhecido pelos seus modos duros. Estava constantemente a discutir
  com o sobrinho e no dia anterior ameaçara-o de que o iria deserdar. b)
  O local do crime é um grandioso imóvel de dois andares, localizado dentro de
  uma enorme quinta, a qual estava isolada do exterior, por um grande muro que
  a rodeava. c)
  A vítima encontrava-se no seu escritório, localizado no 1º andar, tombada de
  frente sobre o bordo da única janela do mesmo, com a cabeça pendente para a
  rua e apresentava um ferimento muito profundo na cabeça, mais propriamente na
  zona da testa, provocado por um instrumento corto-contundente. d)
  A janela estava localizada na parte da frente do imóvel. e)
  Na parede exterior, junto da janela encontrava-se uma escada encostada ao
  alto. f)
  A parede junto à janela, bem como a escada, apresentavam alguns salpicos de
  sangue. g)
  Na rua, por baixo da janela e na direcção em que
  pendia a cabeça da vítima via-se uma poça de sangue. h)
  A única porta do escritório, na altura do crime estava fechada por dentro, à
  chave e, além disso, ainda estava trancada por dentro com uma corrente de
  segurança, pois, após o almoço, a vítima gostava sempre de ficar sozinha
  durante algum tempo e não a abria para ninguém. i)
  Havia apenas dois telefones em casa. Um estava na sala, mas não funcionava
  devido a avaria e o outro estava no escritório da vítima. j)
  No armazém, localizado nas traseiras do imóvel e onde se guardava, entre
  outras coisas, a farinha, foram encontrados entre os sacos de farinha,
  enrolados num pano um pouco sujo de sangue, um martelo, uma faca de mato e um
  machado. l)
  Na altura do crime só se encontravam na quinta, a vítima e o seu sobrinho, o sr. Anacleto Silva seu único herdeiro. m)
  O sobrinho da vítima estava vestido desportivamente, no entanto uma das pernas
  das suas calças estava um pouco suja de farinha. n)
  A vítima funcionava como um autêntico relógio e sem excepção,
  todos os dias, à mesma hora, abria à janela do escritório e ficava de pé
  junto da mesma durante algum tempo a saborear o sol. o)
  A porta do escritório, quando à Polícia chegou, estava fechada e trancada por
  dentro, sendo arrombada posteriormente para se poder remover o corpo. DEPOIMENTO
  DO SOBRINHO: Ainda
  não tinha saído de casa nesse dia. Após o almoço, como se sentia cansado, continuou
  ainda em casa e aproveitou para fazer um telefonema a um amigo. Após o
  telefonema, resolveu sair para a rua e, casualmente, olhou na direcção da janela do escritório e deparou com aquela
  fatalidade. De imediato correu para fora da quinta a pedir socorro e
  conseguiu assim contactar a Polícia. Estes
  elementos permitiram ao Inspector Faria resolver o
  caso; espero, pois, que não tenham dificuldades em o fazer! PERGUNTAS: 1)
  – Qual das três armas apresentadas no texto foi a utilizada no crime? Justifique. 2)
  – Como julgam que o crime foi cometido? Justifique. 3)
  – Quais os pormenores que provam a culpabilidade do sobrinho? 4)
  – Qual o móbil do crime? 
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   © DANIEL FALCÃO  | 
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