Autor Data 4 de Setembro de 2025 Competição Torneio do Cinquentenário de
“Mistério… Policiário” Problema nº 8 Publicação Blogue A Página dos Enigmas |
Solução de: A ESTREIA DO INSPECTOR FARIA Faria O
assassino é o A. Pastor. Vejamos
o que iliba os restantes suspeitos. LUCÍLIA Esteve
a ver televisão até às 23H e depois recolheu ao quarto, deitando-se a ler O
ESTRANGULADOR DE BOSTON. Cerca das 23H30 fechou a luz e adormeceu
profundamente. Nada
de anormal nisto e, o facto de o livro ter aquele título, ESTRANGULADOR, ou
seja, o modo como a vítima foi morta, não serve para que a incriminemos, é
pura coincidência. Também
nada a obrigava a ouvir alguma coisa, pois estava recolhida no quarto. Logo,
ilibada. CARNEIRO Esteve
a ver televisão e recolheu ao quarto pelas 22H30, tendo adormecido por volta
das 23H15, segundo ele, porque tinha de levantar-se cedo para preparar o
estojo de pesca, visto logo de manhã ir para a pesca. Até
aqui, não há nada que o incrimine. O
facto de ele dormir no quarto do lado esquerdo, frente ao da vítima, não
serve para o incriminar, pois estando a dormir, não era obrigado a ouvir seja
o que fosse. A.
PASTOR Este
sim o culpado, como a seguir veremos: Diz
que foi de carro ao cinema, que terminou às 23H30. Veio
logo para casa onde chegou à MEIA-NOITE exacta. Demorou,
pois 30 minutos a fazer esse percurso. Ora
aqui está o pormenor que o incrimina, pois como o inspector
que mora junto do cinema demorou (de carro) apenas 10 minutos, isto diz-nos
que ele demorou mais 20 minutos que o inspector, o
que não se justifica, e nos diz que não foi ao cinema, o que o incrimina. É
um pormenor da sua culpabilidade. A
janela da sala da vítima estava localizada ao fundo da mesma, em frente da
porta de entrada e estava escancarada, estando a secretária no meio da sala. Junto
da janela, o inspector pôde observar a figura que a
vítima apresentava, olhos arregalados o que aliado ao vento que entrava pela
janela, lhe batia em cheio na cara, pondo-lhe os
cabelos em alvoroço. Isto
diz-nos que a janela escancarada estava de frente para a vítima, logo a
vítima estava de costas para a porta de entrada. Logo,
quando o A. Pastor diz que mal abriu a porta da sala, deparou com a cabeça da
vítima caída sobre o tampo da secretária, a cara com os olhos arregalados,
está a mentir pois da entrada da porta só podia ver a parte detrás da mesma
sentada à secretária, uma vez, como atrás disse a secretária estar virada
para a janela. É
outro pormenor da sua culpabilidade. Alem
do mais estando a noite muito ventosa não era viável que a vítima, sentada de
frente para a janela, a tivesse aberta, logo isto diz-nos que a mesma foi
deixada assim pelo assassino para fazer crer que o mesmo teria entrado por
ela e afastar suspeitas dele e demais membros da casa. É,
pois outro pormenor que o incrimina. Alem
do mais, a vítima se visse alguém a entrar pela janela procuraria defender-se
o que não aconteceu. Logo,
não poderia ser por aí que o assassino teria entrado. O
assassino só podia ser de dentro, logo em face o que atrás foi dito é mais
uma prova da culpabilidade do A. Pastor. O
facto de, entre os muitos quadros que estavam na sala, estar apenas UM
ligeiramente afastado, deixando à vista um cofre aberto, não só nos diz que o
móbil do crime terá sido o roubo, mas também que o assassino é de dentro da
casa (sabia a localização do mesmo) o que não seria possível se o assassino
viesse de fora, o que nos diz confirma melhor a sua culpabilidade. Alem
disso, o A. Pastor, segundo disse, passava muito tempo sozinho com o tio
(vítima), muitas vezes até quase de madrugada, logo tinha toda a
disponibilidade para efectuar o crime à vontade. É,
pois, outro pormenor da sua culpabilidade. |
© DANIEL FALCÃO |
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