Autor Data 16 de Janeiro de 1994 Secção Policiário [133] Competição Torneio Rápidas Policiárias
1994 Prova nº 2 Publicação Público |
FLO E A IMAGINAÇÃO DA SUA AMIGA IVA Flo O jantar já ia a meio
quando a Iva teve aquela saída… – Oh, Flo! Gostaria de
atribuir um prémio no dia 23 de Janeiro, na festa do Público/Policiário organizada
pelo teu clube, tertúlia ou lá o que é… O que melhor se aproximasse da
solução de um problema a imaginar, receberia esse prémio!... Fiquei um pouco embaraçado
mas, no entanto, fui-lhe dizendo: – Porque não…? Escreve essa
história, põe-lhe os ingredientes certos e depois premiaremos quem conseguir
decifrá-lo com mais “classe”. Tens o meu apoio!... Olhei para o primo da Iva,
de férias em nossa casa, e atirei-lhe o desafio de participar também na
brincadeira. Declinou o convite… E, então, bem gizada, a
história ficou assim: O nosso objecto de arte
tinha desaparecido da estante da sala-de-jantar. O autor desse furto deixou
bem marcadas no chão pegadas de sapato de homem, salpicadas de lama.
Estávamos em pleno Inverno. Aquela chuva de “molha tolos” caía há dias…
Seguimos as pegadas extremamente curtas até à porta que dá para o quintal.
Tínhamos percorrido cerca de 50 metros no seu interior, quando deparámos com
uma pequena arrecadação de lenha. Entrámos e verificámos que o objecto – o
prémio a atribuir – se encontrava pousado num molho de aparas de madeira. O
estranho de tudo traduzia-se no facto de que não havia qualquer outra saída
da arrecadação e as pegadas terminavam aí…! É que não havia sinal delas terem
regressado ao interior da casa ou em outra direcção!!! Pura e simplesmente
acabavam ali… As nossas conjecturas
sucediam-se vertiginosamente. Sem certezas nenhumas, diga-se. Em nada
alicerçadas… Seria que o autor regressara de costas, acertando
milimetricamente nas pegadas deixadas para lá?... Não… Observámos bem à nossa
volta e identificámos o que nos era familiar, naturalmente, quotidiano, pois
nós moravamos ali. As duas árvores existentes estavam bem afastadas do local;
a arrecadação não tinha qualquer tipo de alçapão e nem sequer um pequeno
esconderijo para esconder um simples gato… Como teria sido a “retirada” do
indivíduo? Cá fica o desafio da Iva (e
meu, porque não?). Os confrades e amigos que desejarem responder habilitam-se
a ganhar aquele valioso prémio. Devem utilizar a imaginação para resolver o
desafio tal como nós o fizemos. |
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© DANIEL FALCÃO |
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