Autor Data 22 de Março de 1979 Secção Mistério... Policiário [209] Competição Torneio
“Novos" e “Iniciados” 79 Problema nº 3 Publicação Mundo de Aventuras [285] |
O CASO DO ROUBO NO BANCO Fong Si Yu –
Que raio de tempo! – resmungava o detective Patrick, olhando pela janela a
chuva miudinha que começara a cair havia já um quarto de hora. – E tinha esta…
esta… de chuva de começar a cair precisamente na altura em que eu ia para a
praia. Grrr! Meia
hora depois, continuava a chover, na mesma cadência. Então, o telefone
retiniu, lá no primeiro andar. –
Pronto, aí vou, aí vou! – gritou Patrick para o telefone, enquanto subia os
degraus três a três. Do
outro lado da linha, estava o inspector Meireles: –
Patrick, trabalho para ti! Houve um assalto no Banco, há dez minutos. Os
assaltantes levaram dez mil contos, e deixaram os guardas amarrados. Mas
alguém que os viu sair do edifício, afirmou que tinham fugido na camioneta do
«Rato»! Vai à cabana dele… –
Hum, hum! Bem; eu irei já. Depois darei notícias à Judiciária – disse
Patrick, desligando imediatamente. Com
o seu «Capri», pôs-se em alguns minutos na cabana em que vivia Luís, o «Rato»,
como todos o conheciam. Junto
à porta da miserável casa estava a já velha camioneta, presumível instrumento
de fuga dos assaltantes do Banco, sem qualquer protecção contra a chuva que
lhe entrava por todos os «poros»… Patrick
travou com um ruidoso peão o que fez com que o «Rato» surgisse logo à porta. –
Boas tardes, Luís! – cumprimentou o detective, avançando até ao homem, que
também se adiantara para o receber: – Irei direito ao assunto: parou
finalmente de chover! O
«Rato» olhou-o muito espantado, e só então Patrick deu pelo erro. –
Desculpa lá, o que eu queria dizer era que houve um assalto ao Banco… e por
uma «estranha» coincidência os ladrões fugiram na tua camioneta. Portanto… Nesse
momento uma rajada de vento tirou-lhe das mãos o papel em que havia anotado
apontamentos da conversa com o inspector Meireles, e foi pousar-se debaixo da
camioneta. O detective limitou-se a encolher os ombros, e «mergulhou» na
mesma direcção. Felizmente, o chão estava seco, debaixo do veículo, e o papel
não se molhou. Mas, quando se pôs de novo a pé… o «Rato» desaparecera! –
Bolas, escapou! – gritou Patrick, furioso. Mas
logo acalmou, pois Luís apareceu de novo, à porta do casebre. Nessa altura um
barulho nos fundos chamou-lhe a atenção e ele deu uns passos para o lado… a
tempo de ver dois vultos que desapareciam na mata, lá longe! –
São dois amigos – explicou Luís. – Vão a correr pois pode começar a chover de
novo. Eles vivem do lado de lá da mata. Estivemos a jogar as cartas, todo a
tarde. 1
– Acreditam no «Rato»? 2
– Explique convenientemente a razão da sua resposta. |
|
© DANIEL FALCÃO |
||
|
|