Autor Data 5 de Julho de 1979 Secção Mistério... Policiário [224] Competição Torneio
“4 Estações 79” | Mini C - Verão 79 Problema nº 2 Publicação Mundo de Aventuras [300] |
A MORTE DE UMA ACTRIZ Henrique Durante
a noite de sábado e primeiras horas do primeiro domingo de Outubro de 1954,
dera-se a morte de uma conhecida actriz portuguesa,
encontrada morta, de manhã, pela criada, em sua casa, com um tiro na cabeça;
a criada apressou-se a chamar um inspector seu conhecido
e um médico. –
Está, é o inspector Silva? –
É sim, que deseja? –
Houve um crime na Rua 1.o de Janeiro, N.o
13-2.o. –
Vou imediatamente. Passados
10 minutos o inspector lá estava. Trocados breves
cumprimentos e quando se preparava para começar o interrogatório, apareceu o
médico que logo se debruçou sobre a vítima, enquanto o inspector
começava com as perguntas: –
Alguém cá do prédio ouviu o tiro? – perguntou o inspector à porteira que, entretanto, tinha chegado. –
Creio que não, pelo menos nenhum dos inquilinos se queixou disse a porteira. –
Portanto a pistola tinha silenciador… – calculou o inspector.
–
Alguém nos últimos dias ameaçou ou discutiu com a vítima? –
Sim, o sr. Rui Campos e o sr.
José de Sousa, dois pretendentes, qualquer deles ameaçando-o se a vissem com
o outro… – disse novamente a porteira. –
A que horas pensa que a mataram? – perguntou ao
médico. –
Por volta das 2 horas da manhã, se não me engano – respondeu este, olhando
para o relógio. –
Gomes, procura saber onde moram os suspeitos e trá-los cá – disse o inspector, aborrecido. Entretanto,
o inspector começou a interrogá-los, e o primeiro
foi o Rui: –
Que fez esta noite? –
Estive a jogar ao bilhar com 2 amigos que partiram esta manhã para o Brasil.
Tenho mesa e tacos em casa – respondeu. –
Durante quanto tempo? –
A partir das 10 horas, estavam a dar o noticiário na rádio nessa altura e
jogámos mais ou menos 4 horas, pois é o tempo que levamos a fazer 200
«carambolas», de maneira a que eles pudessem sair daqui paro apanhar o avião
das 3 horas. Portanto, à hora que nos disseram que ela morreu, eu ainda
jogava… –
E você – perguntou o inspector ao José. –
Estive a jogar às cartas com os meus primos que chegaram de França, não posso
precisar horas, mas os meus primos podem confirmar que à hora a que ela foi
morta, eu estava com eles, pelo menos à hora que nos disseram. O
inspector pensou… pensou… pensou… e, de repente,
disse: –
Já sei quem é o criminoso!... Perguntamos:
1
– Quem é o criminoso? 2
– Porquê? (Explique convenientemente a sua ideia.) |
|
© DANIEL FALCÃO |
||
|
|