Autor Data 7 de Maio de 2000 Secção Policiário [460] Competição Prova nº 1 Publicação Público |
O INSP. GAVIÃO INVESTIGA UM CRIME Insp. Gavião Eram 17h. O Inspector
Gavião saiu de casa e dirigiu-se para a Judiciária. Faltava um quarteirão
para lá chegar, quando ouviu dois tiros disparados numa casa ali perto. Deu
uma corrida, entrou pela porta, galgou as escadas e, no primeiro andar, deparou
com um rapaz de 18 ou 19 anos, segurando uma pistola, tendo a seus pés um
homem aparentando 40 anos, de barriga para cima e ensanguentado. Estava morto! Dois tiros em
pleno peito! Pouco tempo demorou esta
cena, uma vez que, repentinamente, entraram dois homens, um de cerca de 30
anos e o outro um pouco mais. Ficaram estáticos durante alguns segundos,
findos os quais se lançaram sobre o rapaz, esmurrando-o e gritando: “Assassino!”
“Assassino!” Muito a custo, o inspector
separou-os e passou aos interrogatórios, em separado. Cada um deles declarou,
conforme as perguntas que o inspector lhes fez: O rapaz: “Não sei nada!
Ouvi tiros, vim a correr da casa de banho e, quando cheguei, vi o meu tio estendido,
acho que morto. A pistola estava ao pé dele. Limitei-me a apanhá-la, para ver
se a reconhecia, mas nunca a tinha visto. Nem pensei que não lhe devia tocar…
Não sei de nada do que se passou. Não sou um assassino!” O homem aparentando 30
anos: “Eu já sabia que o malandro matava o tio assim que pudesse. Andava
sempre a pedir-lhe dinheiro, mas ele não lho dava. Era de prever. Eu acabei
de chegar do banco. Fui lá para receber um cheque. Não demorei mais de 15
minutos. Por acaso não havia ninguém na fila e pude ser rapidamente atendido…
Assassino! Aproveitou-se de eu não estar em casa. Ao subir as escadas
encontrei-me com o meu irmão e subimos juntos.” O outro homem, irmão do
anterior: “Eu… fui à farmácia aviar um remédio que o… bem… o morto me tinha
pedido. Mas, como não havia lá, vinha avisá-lo de que tinha de ir à farmácia
que fica do outro lado da cidade, pelo que ia demorar-me mais um bocado. Já
não me lembrava do nome do medicamento e por isso vinha perguntar-lhe outra vez
qual era mesmo o nome. Foi só nas escadas que encontrei o meu… meio-irmão!
Sim, porque só somos filhos do mesmo pai. Já desde as 16h que não vinha a
casa. Estive no café a falar com um amigo. Depois fui à farmácia e depois… é
o que se sabe!” O Inspector Gavião ficou
pensativo. Mas depois… 1 – Há um mentiroso nesta
história e foi ele o assassino. De quem se trata? 2 – Como descobriu o
Inspector Gavião? |
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© DANIEL FALCÃO |
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