Autor Data 4 de Julho de 2004 Secção Policiário [677] Publicação Público |
O MISTÉRIO ENQUADRADO Jartur O conde foi ao quintal, na quinta, de madrugada, não sabendo que um punhal, tinha a sua morte traçada. Atrás dos cedros o luar, na piscina reflectido,
avançava devagar, com a sombra nesse sentido. Mais ninguém nas
imediações, ouviu o grito derradeiro, quando o corpo em convulsões, desabou sobre um canteiro. O morto era um ricaço, que deixara em testamento, a um sobrinho vivaço, o seu basto provimento. Houve um grande pandemónio,
com três sobrinhos chamados: Luís, Raul e António; e Jorge e Pedro, enteados. O polícia investigou, perguntou e concluiu, que um dos cinco falhou! Falou muito, mas mentiu. E ao fazer o relatório, o polícia meditou: – Tanto foi o falatório, mas já sei quem o matou. Relê, leitor, o enigma, e dá o teu veredicto. Eu sei que tens por
estigma, decifrar todo o delito.
|
|
© DANIEL FALCÃO |
||
|
|