Autor Data 14 de Novembro de 1987 Secção Sábado Policiário [99] Publicação Diário Popular |
Solução de: UM CRIME IMPERFEITO Jatt Casso Solução
apresentada por Avlis e Snitram Foi
um crime mais que imperfeito. A ambição aliada à impaciência foram o seu fim.
Bem, e não podemos esquecer que o crime não compensa… (às vezes compensa,
confessam alguns «trastes» da nossa praça…) Mas
vamos ao que interessa: –
O primeiro erro foi a zona atingida pelo disparo. Um suicida visa a têmpora
esquerda (se é canhoto) ou a têmpora direita, nunca a testa. –
De luvas calçadas abriu a gaveta da secretária, telefonou à Polícia, disparou
a pistola. A
ausência de impressões digitais alertaria a Polícia. –
Na mão que «empunhava» a arma a polícia não encontraria indícios de pólvora. –
Já sem luvas, desligou o rádio. As suas impressões digitais – ele declarara
não ter tocado em nada – incriminá-lo-iam. –
Guardou a cápsula da bala. Sendo uma pistola automática, após o disparo, a cápsula
salta, entrando de imediato outra munição para a câmara. Se
fosse suicídio a cápsula estaria no chão, perto do corpo. –
Um suicídio – com arma de fogo – na cama não é muito normal. –
A autópsia mostraria que o morto tinha comido há pouco tempo. As
investigações talvez até levassem a Polícia a descobrir que o assassino almoçara
com a sua vítima naquele dia. |
© DANIEL FALCÃO |
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