Autor Data 15 de Julho de 1976 Secção Publicação Mundo de Aventuras [146] |
MORTA NA BANHEIRA João Gazela Ana,
uma artista que cantava em certas boites e cabarés, foi encontrada morta devido a uma síncope.
O seu corpo húmido jaz agora dentro da banheira, mas numa banheira completamente
vazia. E este facto encaminhou o inspector Soares,
sem qualquer hesitação para a estrada do crime. Na casa de banho, não muito
limpa, vendo-se uns pedaços de algodão espalhados no chão, a um canto uns
quantos papéis sórdidos, juntamente com uma extensão de fio eléctrico, a qual tinha as pontas descarnadas, que por
certo pertencia a um secador de cabelo, que se encontrava sobre uma das duas
prateleiras de vidro, na outra, além de um sabonete já quase gasto e de uma
pequena chave de parafusos, encontravam-se também um frasco de shampoo, e um outro mais pequeno com
um líquido incolor e aromático. Não se via qualquer sinal de luta. Quanto ao inspector, o único suspeito era Mário, o amante de Ana,
um indivíduo que já tinha tido certos problemas com a Polícia. Mário, à
primeira pergunta do inspector começou a gozar.
Admitiu que entre ele e Ana já não havia óptimas
relações como antigamente, mas que ele fosse manchado por um crime, isso era
mesmo ridículo. E depois, como tinha matado a rapariga? O
inspector investigou o caso a fundo e veio a saber
que Mário tinha sido visto em muitos lugares. Mas de qualquer maneira
arranjara com certeza um quarto de hora para matar a sua amante. Mas nesse
caso porque a teria despido e colocado na banheira, uma vez que o falecimento
fora motivado por um ataque de coração? PERGUNTA-SE:
1
– Como conseguiu Mário levar a rapariga para a banheira sem qualquer luta? 2
– Como foi que ele a assassinou? |
|
© DANIEL FALCÃO |
||
|
|