Autor Data 13 de Novembro de 1994 Secção Policiário [176] Competição Prova nº 7 Publicação Público |
Solução de: O REGRESSO DO AVÔ BRINCALHÃO Jomaro 1 – Para a resolução da
mensagem temos a pista no início do problema, quando nos é dito que o livro
estava ao contrário; também o abecedário está ao contrário, da seguinte
maneira: ABCDEFGHIJLMNOPQRSTUVXZ, a
que corresponde, respectivamente,
ZXVUTSRQPONMLJIHGFEDCBA, pelo que a mensagem escondida é: “Ninguém deve ser
culpado deste facto.” 2 – Foi um crime porque: a) Nenhum brasileiro há poucos
meses em Portugal escreveria facto com c, mas sim fato; b) A arma utilizada pelos
suicidas fica fortemente apertada na mão devido à contracção
dos músculos, pelo que nunca cairia quando o inspector
tocou no braço da vítima; c) A mão da vítima também
teria de estar chamuscada, ao contrário do que Manuel Carolino nos diz – “não
havia mais nada a registar”. 3 – Acusou Luís Reis pelos
seguintes motivos: a) A “coisa” que estava
partida localizava-se logo à entrada e não no meio do corredor; b) Estávamos na
Quinta-Feira Santa, a três dias da Páscoa, e esta ocorre sempre no domingo a
seguir à Lua cheia depois do equinócio da Primavera. Quer dizer que havia Lua
cheia nessa semana (não sabemos o dia) e, portanto, não estaria uma escuridão
como nos diz Luís Reis, mas sim uma noite de luar! Reconstituição do crime: Luís Reis, com o intuito de
roubar o senhor Tiago, deslocou-se ao consultório. Como verificou que este o
conhecia, pois eram vizinhos, obrigou-o a escrever aquela mensagem codificada
que lhe ditou, para atrapalhar a polícia. Depois, matou-o com uma arma, tendo
tido o cuidado de não deixar impressões digitais, e colocou-a na mão da
vítima para que a hipótese de suicídio fosse confirmada pela polícia. Quando se
preparava para sair com o dinheiro ouviu um barulho de uma coisa a partir-se.
Temendo ser descoberto, correu para o quarto ao lado do consultório, onde
eliminou os vestígios do crime das suas mãos e escondeu o dinheiro. Depois apareceu
calmamente junto de João Soares, que estava a telefonar para a polícia. O resto
da história já nós sabemos pela descrição que o Manuel Carolino nos faz. |
© DANIEL FALCÃO |
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