Autor Data 15 de Junho de 2007 Secção Publicação O Almeirinense |
O ENIGMA DO CRIME Leiria Dias No
Desportivo Nacional, reunia-se, extraordinariamente, nessa tarde, a Direcção, por causa de assuntos inadiáveis, sabendo-se
que um dos elementos dos corpos directivos ia ser
acusado de graves irregularidades. A reunião tinha começado há pouco, ocupando
os directores, à volta da mesa onde se sentaram, os
lugares que se indicam no “croquis” seguinte: Algum tempo depois, o Inspector
Argus foi enviado ao Clube, porque, durante a
reunião, o Tesoureiro caíra morto, com um tiro no meio do ventre, disparado
por uma arma que depois se encontrou debaixo da mesa, sem quaisquer
impressões digitais. Ninguém sabia como aquilo se tinha passado,
ou notara qualquer atitude estranha dos companheiros, nem mesmo o Presidente,
que era irmão da vítima. Ao Presidente e 2º Secretário foram
restituídas as armas que possuíam, às quais não faltava nenhuma bala. A única pessoa que então prestou declarações
foi um empregado do Clube, que, nessa altura, viera trazer um copo com água
ao 1º Vogal e que afirmou ter ouvido o tiro, no momento em que este pousava o
copo vazio na bandeja. O
Sr. Tesoureiro – continuou o empregado – estava a assinar uns documentos e,
ao ouvir-se o disparo, caiu, imediatamente, sobre a mesa. Além
do que ficou relatado, o nosso Inspector conseguiu
apurar ainda o seguinte: Na
altura do tiro, o Vice-Presidente estava de pé, usando da palavra; Um
dos directores, que não o 1º Secretário, era ambidextro; O
2º Vogal era canhoto inveterado, nada sabendo fazer com a mão direita; O
2º Secretário lacrava uma carta, servindo-se de uns fósforos que o 1º
Secretário lhe dera, no mesmo instante. Perante os factos, e apenas com os
dados que acabamos de referir, o nosso hábil Inspector
Argus resolveu este caso. Pergunta-se: a)
Quem matou o Tesoureiro? b)
Em que baseia a sua opinião? |
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© DANIEL FALCÃO |
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