Autor Data 15 de Setembro de 1977 Secção Mistério... Policiário [131] Competição Torneio
“4 Estações 77” | Torneio C – Verão Prova nº 5 Publicação Mundo de Aventuras [207] |
O CASO DA BOMBA DE GASOLINA… Lince Naquela
tarde de Verão, o telefone tocara no escritório do inspector Lopes… Tinha
havido um assalto à bomba de gasolina a cargo do sr. João Silva e dali tinham
sido roubados 200 contos em notas, em pacotes de 10 mil escudos cada, ainda
cintados, que há pouco tinham sido levantados do Banco… João Silva
– Eu trouxe o dinheiro na pasta e deixei-o na gaveta da secretária… Porém, e
para minha infelicidade, deixei a chave na fechadura… Quando aqui voltei, com
a intenção de o levar, já ele cá não estava, nem tão pouco a chave… Inspector
– Alguém sabia que o senhor ia levantar dinheiro ao Banco? João Silva
– Sim! Cá em casa todos sabíamos… Este
diálogo passava-se no escritório da bomba de gasolina onde o inspector Lopes
prontamente se deslocara. Estavam também presentes o sr. Luís, empregado da
bomba e o filho do sr. Silva, o Abel, um rapaz de 20 anos. Este, após aquela
resposta dirigiu-se ao inspector do seguinte modo: –
Sr. inspector, quando cheguei estava o sr. Luís a reabastecer o carro de seu
filho… Enquanto procedia a este acto falava com ele, qualquer coisa que não
percebi devido ao barulho do motor do carro. Depois de acabar o
reabastecimento dirigiu-se ao escritório e trouxe-lhe um embrulho de papel
pardo que ele aceitou, guardou, abalando logo de seguida… Creio que, o que
esse embrulho continha, era o dinheiro do meu pai! O
inspector ouvindo isto dirigiu-se ao sr. Luís: –
Que tem a dizer? –
Sr. inspector… O que eu tenho a dizer é que há trinta anos que sou empregado
do sr. João Silva e que sempre tenho sido homem honrado e pessoa de
confiança, desempenhando aqui o meu trabalho com toda a segurança. Ele está
aqui, e não me vai deixar mentir. É para mim grande ofensa o que o menino
Abel acaba de afirmar! Na verdade eu entreguei ao meu filho um embrulho de
papel pardo, mas tudo o que ele continha era bacalhau comprado aqui na
mercearia quase ao lado… Se o sr. inspector se quiser certificar do que digo,
pode ir já falar com o merceeiro ou mesmo ir a casa do meu filho ver o
embrulho… Depois de vistoriada a secretária e gaveta, e de tudo lavrado em
auto e assinado por cada um dos declarantes, o inspector teve esta saída: –
O senhor!... Acompanhe-me, para mais esclarecimentos como provável autor do
furto! PERGUNTA-SE:
1
– A quem convidou o inspector a acompanhá-lo? 2
– Diga o porquê dessa tomada de posição. |
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© DANIEL FALCÃO |
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