Autor

Luís Pessoa

 

Data

1 de Janeiro de 2006

 

Secção

Policiário [755]

 

Competição

Torneio Rápidas para Experimentar

Prova nº 1

 

Publicação

Público

 

 

Solução de:

O CASO DO DVD DESAPARECIDO

Luís Pessoa

 

A hipótese certa era a 1.

Afonso diz que ao entrar na sala não reparou em nada por estar escuro, mas as aulas estavam a acabar, seria o mês de Junho e, àquela hora, pouco depois das seis da tarde, teria de haver muita luz, até pela concepção da casa.

Como todos os “detectives” notaram, tratava-se de um problema muito simples, de contradição nos depoimentos.

A descrição é importante por fornecer os elementos indispensáveis para imaginarmos como seria a casa e sobretudo a sala.

Depois de sabermos que há luz e sol e que a janela envidraçada é dirigida para o mar e que da sala se pode assistir ao pôr do Sol, precisamos de saber a que horas se referem os depoimentos e em que época se passa a história. O texto é explícito ao indicar que o Afonso chega pelas 18h10. Por outro lado, a aproximação das férias grandes, exames, etc., dão-nos claramente a ideia de que a história se passa no mês de Junho, altura em que é muito mais provável que se tenha passado o que o Filipe refere, ou seja, observar os reflexos do sol no mar, pelas 20h00.

Mónica profere declarações que permitem dizer que o “desvio” do filme foi feito depois das 21h30, porque ela refere ter visto os filmes, ter reparado que o que falta é precisamente o que ela mais gostaria de ver, que até pensou levá-lo, mas não o ia fazer sem pedir autorização… Portanto, às 21h30 estavam lá os filmes e aquele em particular.

Talvez por isso a confusão de Afonso. É que ele foi lá buscar o filme já de noite e por isso acabou por cometer o erro.

E acabou castigado, se calhar com a proibição de usar telemóvel durante uns dias, provavelmente o maior castigo que se pode aplicar nos tempos que correm!…

© DANIEL FALCÃO