Autor Data 20 de Fevereiro de 1994 Secção Policiário [138] Competição Torneio Rápidas Policiárias
1994 Prova nº 6 Publicação Público |
OS TRÊS DETIDOS Mata 7 O calendário pregado na
parede da cela indicava o dia 21 de Outubro de 1993. Era domingo. Os três detidos
afadigavam-se na preparação de qualquer comemoração especial. Além do facto de viverem
juntos na mesma cela, tinham outras coisas em comum: eram naturais da mesma
cidade, eram todos ladrões, eram já cadastrados e tinham sido condenados a
penas semelhantes. Artur Rebelo, 52 anos,
detido a 17 de Julho de 1990, foi condenado em 29 de Setembro a ficar preso
por mais 5 anos, por contínuas acções de roubo. Alfredo Silva, 23 anos,
preso em 14 de Janeiro de 1992 por roubos em quadrilha, foi condenado seis
meses depois a cumprir ainda 4 anos e três meses. Frederico Mendonça, 33
anos, preso a 15 de Dezembro de 1988 depois de um roubo, foi condenado em 4
de Abril de 1989 a esperar mais 5 anos para ver a luz do sol em liberdade. Nenhum deles conseguiu
qualquer amnistia ou redução de pena e agora estão juntos na mesma cela,
planeando a fuga. Tudo estava preparado até ao mais pequeno
pormenor e a evasão ia ocorrer na noite de terça para quarta-feira.
Todos estavam optimistas, mas o optimismo
de um deles era ilusório. Não participava da alegria dos outros porque, na
verdade, não pretendia participar na evasão. Ele tinha uma razão importante
para não se meter na aventura, mas era perigoso manifestar-se. Só lhe restava
uma alternativa, fazer passar secretamente uma mensagem ao director da prisão. Assim se explica que a
tentativa tivesse sido abortada. Qual dos três detidos tinha
a razão forte para não se envolver no plano, preferindo alertar a direcção? A – Artur Rebelo B – Alfredo Silva C – Frederico Mendonça |
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© DANIEL FALCÃO |
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