Autor

M. Constantino

 

Data

Abril de 2006

 

Publicação (em Secção)

O Lidador… das Cinzentas [24]

 

 

Solução de:

O PUNHAL MALDITO QUE VEIO DO PASSADO

M. Constantino

Solução apresentada por Nove

Este é um desafio muito bem imaginado, que dá para uma boa quantidade de páginas de história nas quais ambição, poder, despotismo, amor, canalhice e aventura entram em dose elevada. Vou, contudo, optar pela solução mínima, a da resposta em muito poucas palavras.

1. Quem era o cavaleiro?

Não podia ser outro senão Marco Licínio Crasso, um dos homens mais ricos e poderosos da Roma pré-imperial, que recebeu o cognome de “Dives” com que o armeiro o saudou. Foi amigo de Júlio César, a quem ajudou não só com legionários mas também com dinheiro. Comandou a repressão da revolta de escravos encabeçada por Spartacus e fez parte de um triunvirato com Pompeu e Júlio César. O seu “maior legado” é o infeliz erro crasso.

2. Como seria hoje identificado o suspeito da morte do armeiro?

Sê-lo-ia pelas impressões digitais deixadas na moeda atirada para junto do corpo da vítima, moeda essa que ele extraíra com os dedos, sem tremura.

3. Qual era o castelo?

Não podia ser outro senão o de Anet, em França, mandado construir por Henry II, com começo em 1547, para Diane de Poitiers, sua amante e conselheira. É considerado o protótipo da arquitectura renascentista francesa e assentou sobre as ruínas do solar de Anet, de traça gótica, que, por sua vez, substituíra uma antiga fortaleza. O antigo solar de Anet, pertença da família Brézé, fora a residência de Diane logo após o seu casamento, em 1515, com Louis de Brézé. 

4. Quem era o ás das evasões?

Basta a série de pseudónimos apresentada para se chegar a Eugène-François Vidocq. Foi um aventureiro notável, nascido em Julho de 1775, que serviu no Regimento de Bourbon, que conheceu várias prisões, donde se evadiu pelas formas mais incríveis, e que chegou a ser polícia!

© DANIEL FALCÃO