Autor Data 3 de Setembro de 2006 Secção Policiário [790] Competição Campeonato Nacional e Taça de
Portugal – 2005/2006 Prova nº 10 Publicação Público |
Solução de: OS ENIGMAS DO HOMEM QUE NÃO EXISTIA… M. Constantino Os primeiros elementos a
reter são: primeiro o facto do "homem que não existia" julgar
reconhecer Simão e este, com a frase "faz sentido", parecer
concordar. Segundo, ao atribuir o nome de Tiago em associação com Simão,
completa o enigma. Simão e Tiago seriam irmãos bíblicos. Dois factores que levam a deduzir que os homens eram
parecidos, até no físico, pois Tiago irá servir-se dos fatos de Simão. Este
aproveita-se da semelhança – que a antiga arte de actor
(comediante) ajuda – e dos conhecimentos que Tiago, um homem agradecido, lhe
transmite constantemente, para se fazer passar por ele (o que o dinheiro
faz!) logo que sabe que o companheiro é um homem rico, a ponto de enganar o
Dr. Alves (que não conhece bem Tiago) e o Inspector
Óscar, que, aliás, interessado pela pintura, não detectou
a semelhança quando estes se lhe dirigiram pela primeira vez! Assim, telefona
ao inspector para o ir buscar a casa e realiza um
pequeno truque: ao passar pela porta aberta do guarda-roupa o espelho deste reflecte a imagem (que é ligeiramente observada pelo Inspector), como se fosse Simão (um álibi). Ao aparecer o corpo no dia
seguinte, privado dos membros superiores e sem rosto, tudo indica que será de
Simão, vítima de um dos seus passatempos. A circunstância da morte
dos cães à queima-roupa (apaga testemunhas incorruptíveis) com um tiro na
cabeça, que requer aproximação, afasta a hipótese de
ser outrem, dada a ferocidade dos cães. A ovulação das bilhárzias
no sangue, sinal de quem percorreu os rios orientais, aponta para Tiago/Diogo,
um ex-soldado americano, evacuado do Vietname. Mas, se dúvidas houvessem,
bastaria o legista encontrar a escoriação na cabeça de que resultou a
amnésia-regressiva. Mas o primeiro grande erro
de Simão é pegar no vaso de antúrios e colocá-lo no lugar ao sol, dizendo que
é o seu lugar, pois a flor em questão não suporta os raios do Sol, numa
janela voltada a nascente. Resolvido o primeiro
enigma, vamos ao segundo e terceiro(?). A venda de
cópias de Mona Lisa é um caso verdadeiro! A hábil imitação era colocada por
detrás do original. O cliente recebia a encomenda e lá encontrava o seu sinal
secreto. Ninguém o convencia de que era uma cópia realizada pelo hábil Chaudron. É conhecido que Da Vinci, quando pintava,
segurava o pincel na mão esquerda e passava os dedos da mão direita sobre a
pintura, para conseguir determinados efeitos. As impressões digitais
tornaram-se a forma eficiente de autenticar os seus quadros. Basta
compará-los com outros, do genial pintor… |
© DANIEL FALCÃO |
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