Autor

Medvet

 

Data

15 de Março de 1991

 

Secção

O Detective - Zona A-Team [120]

 

Publicação

Jornal de Almada

 

 

Solução de:

CRIME EMBRULHADO

Medvet

 

SUSPEITO: José Pascoal (Zé)

DECLARAÇÕES: «Andei por aí, vi as plantas da sala… Quem me dera que as minhas crescessem assim!… Reparei num lindo «Ferocactus», mas nem me cheguei ao pé da árvore.

Não sei quem fez isto, mas foi divertido! Ah, vi o Luís às voltas ao lado da estante, perto dos embrulhos…»

 

Obs.: É confirmado pelo Domingos que andou pela sala. Fora isso, ninguém sabe o que fez. Diz que não chegou ao pé da árvore, o que não é verdade. Os amadores de cactos costumam agrupá-los em vez de os deixarem espalhados por vários sítios. Se havia uma colecção de cactos perto da árvore, não haveria mais cactos noutro sítio, salvo se se tratasse de plantas excepcionalmente grandes!

Ora, o Ferocactus é um cacto característico para os conhecedores, mas só se identifica de perto, uma vez que é uma planta pequena (!!) embora na sua região de origem possa atingir três metros de altura.

Sendo assim, o Zé teria de estar perto da árvore para identificar positivamente o cacto, o que não quer dizer necessariamente ao pé dos embrulhos. No entanto, é o único que negou ter estado no «local do crime», coisa que não faria se estivesse «inocente».

É, pois, ele o brincalhão, uma vez que teve oportunidade de trocar os cartões quando o anfitrião regressou à sala, aproveitando a distracção dos outros convidados, que olharam para a porta, que fica precisamente no lado oposto ao da árvore. Junte-se a isto o seu feitio brincalhão, e está encontrado o autor da partida! (facultativo)

(…) O Luís poderia ser o culpado, mas nada do que disse ou fez o incrimina. O facto de ter estado a ver os livros não quer dizer que trocasse os cartões. E, se o Teimo estava com ele, não deixaria de notar a troca… e perguntar-se porquê!

© DANIEL FALCÃO