Autor Data Abril de 2005 Competição I
Torneio Policiário “O Lidador… das Cinzentas” Prova nº 4 Publicação (em Secção) |
Solução de: MORTE NA PISCINA Medvet Foi
crime. A
vítima não se suicidou – nadava muito bem; não há bilhete de suicídio, o
golpe na cabeça seria na frente, se ele tivesse caído desamparado, a descer
os degraus. Não
foi um acidente: o corpo tinha os dois chinelos calçados; se tivesse
escorregado, pelo menos um teria saltado; não há manchas de sangue perto da
piscina (pedras, borda); não há sinais de intrusos – o cão não se calaria tão
depressa, se houvesse um estranho na casa; a hera do muro está impecável, nem
há sinais de entrada forçada (não são mencionados no texto, portanto não existem…);
o barulho do corpo a cair na piscina seria audível no silêncio da noite e até
um grito que a vítima soltasse ao cair… A
pancada na cabeça pôs a vítima inconsciente; depois, era fácil transportar o
corpo para a piscina, de modo a “encenar” um acidente. Toda a gente sabia que
os degraus eram perigosos! Dos
suspeitos, ambos tinham motivos para eliminar o Dr. Bayliss.
A única pessoa capaz de transportar o corpo era o sócio, o Lemos. A viúva era
muito frágil para carregar o corpo. Se havia cumplicidade entre eles, é uma
possibilidade – mas não é indispensável para a resolução do caso. Com os
dados de dispomos, a única certeza é que era preciso uma certa força para
transportar o corpo. Além disso, nada do que ela diz a compromete. Podia ter
dito que ouvira o “splash” do corpo na piscina, um
grito do marido… qualquer coisa. Mas não o fez. |
© DANIEL FALCÃO |
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