Autor Data 2 de Fevereiro de 1990 Secção O Detective
- Zona A-Team [90] Competição Problema nº 2-B Publicação Jornal de Almada |
VIVENDA PRIMAVERA Molécula Joaquim
empresário bom sucedido, proprietário de uma vivenda onde residia, rodeado da
mulher Cada e de dois filhos menores. Tinha
um jardineiro de nome Cândido que além dos arranjos florais do seu belo jardim
ainda fazia de mordomo. Estávamos
a 31 de Janeiro. Eram 18 horas quando o telefone tocou no gabinete do
comissário Mafo. Pediam a sua comparência na
Vivenda Primavera, pois este era o nome da vivenda do senhor Joaquim. Tinha
morrido o proprietário e para as formalidades e tentar descobrir o assassino
era preciso a presença do comissário. No
trajecto o comissário encontrou o jornalista
Molécula que ao saber do sucedido se prontificou a acompanhar o comissário. Ao
entrarem na bela vivenda apareceu a triste viúva a quem informaram que
gostariam de inspecionar a sala onde se encontrava o infeliz Joaquim. Era uma
sala ampla, onde se podiam ver belos quadros e sobre os móveis distinguiam-se
objectos de muito valor. O
comissário Mafo pediu à viúva a relação das pessoas
que nesse dia tinham frequentado a sua casa. Depois da lista elaborada, cinco
pessoas eram suspeitas do crime. O morto apresentava uma ferida exposta na
nuca provocada por objecto contundente. Depois de
uma pequena investigação pela sala, onde estava tudo arrumado e não havia
qualquer indício que levasse ao criminoso via-se apenas o corpo inerte da
vítima sentada numa cadeira junto à secretária. Por trás estava colocado um
cofre, por sinal bem recheado pois, fim do mês, era dia de pagamentos. A
única coisa encontrada na sala foi um envelope amarrotado que se encontrava
entre a secretária e o cofre, e teria caído do bolso do criminoso. O envelope
estava ilegível, contudo conseguia-se ler um número: 7240. Os
suspeitos foram convocados, para averiguação. A
viúva era muito amiga do marido, segundo ela, e não tinha motivos para
proceder ao crime. O
Cândido, natural de Moura e jardineiro de profissão, já se encontrava há
alguns anos na casa e conhecia bem o senhor Joaquim e não tinha qualquer conflito
com ele. E como final do mês recebeu o seu salário. O
José, natural de Arraiolos e carteiro de profissão, tinha feito a
distribuição como de costume e segundo ele não entrara na casa pois, à
entrada da vivenda havia uma caixa de correio onde deixava a correspondência.
O
Pedro, merceeiro e natural de Alvito, tinha estado em casa e segundo ele,
deixou as compras na cozinha, tendo ido à sala para receber o valor
correspondente à factura que trazia. O
Manuel, natural de Mourão, é canalizador e tinha estado na vivenda a fazer
uma canalização para o esquentador e segundo ele também teria recebido o
pagamento pelos seus serviços. O
comissário olhando para o jornalista disse-lhe que o melhor era vir a equipa
médica e os homens das impressões digitais pois, não conseguia pela dedução
encontrar o criminoso. O jornalista Molécula respondeu, depois de consultar
um livro que trazia na sua pasta: – Pode já levar o criminoso, pois é meio
caminho andado. Pergunta-se:
1)
– Quem acha que foi o criminoso? 2)
– Como é que o jornalista o descobriu? |
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© DANIEL FALCÃO |
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