Autor

Molécula

 

Data

6 de Março de 1993

 

Secção

O Detective - Zona A-Team [176]

 

Publicação

Jornal de Almada

 

 

MISTÉRIO NO INTER-CIDADES

Molécula

 

O Rápido Barreiro-Évora no dia 6/9/92 desloca-se a grande velocidade para que os amigos policiaristas possam estar às 10h. na Praça do Giraldo, para mais uma concentração de mais um convívio da T. P. E.

São 8h. e 45m.

O combóio já passou por Lavradio, Moita e passa agora a grande velocidade por Pinhal Novo. Os amigos conversam animadamente sobre alguns problemas que apareceram ao longo do ano e sobre as soluções e classificações dos mesmos.

Um policiarista que vinha na 2ª classe entra no corredor da 1ª classe mas só avança depois de verificar que ninguém o está a ver. Rapidamente olha para todos os compartimentos, até que vê o que lhe interessa.

Dois policiaristas dormem junto à janela, um de cada lado. Os outros dois lugares estão marcados, o recém-chegado senta-se junto de um dos homens e começa a apalpar o parceiro do lado sem que este acorde e depois de achar o que procurava, muda de lugar no preciso momento em que chegam os dois outros ocupantes dos lugares marcados.

Passado poucos minutos aparece o cobrador para picar os bilhetes e os dorminhocos assim como os outros três companheiros rapidamente procuram os bilhetes. O cobrador pica 4 bilhetes e fica à espera que o passageiro do nº 10 entregue o seu.

O cobrador para não perder tempo segue em frente, deixando para depois a revisão deste bilhete.

– Não terá o bilhete no saco? Diz o homem que está em frente, no nº11.

– Não pode ser. Eu tinha o bilhete no bolso do casaco.

O passageiro do nº 13 observa:

– O bilhete pode ter caído.

O homem cada vez mais nervoso… tenho a certeza que o tinha neste bolso. Os amigos por acaso não viram nada de anormal?

– Eu entrei no comboio no Pinhal Novo – diz o do nº 13.

– O do nº 11 diz que adormeceu assim como você? pergunta ao do nº 8.

– Eu estive no fim do corredor junto à porta a fumar um cigarro.

– O policiarista do nº 9 pergunta, é pá não esqueceste de comprar o bilhete.

– O do nº 10 ficou roxo de raiva, capaz de engolir o vizinho e passado mais uns minutos, depois de ter verificado os bolsos e saco não encontrou o bilhete.

Não teve outro remédio que comprar outro bilhete, ficando todos olhando e pensando como teria desaparecido o bilhete e quem teria sido o brincalhão.

Pois durante o almoço, depois de descoberto, o passageiro do lugar nº – entregou o dinheiro do bilhete ao amigo.

 

SOLUÇÃO

© DANIEL FALCÃO