Autor

Mr. Jartur

 

Data

13 de Março de 1958

 

Secção

Quem Foi?

 

Competição

Torneio “detective sem nome”

III Problema

 

Publicação

Mundo de Aventuras [447]

 

 

Solução de:

UM CASO NO ESTRANGEIRO

Mr. Jartur

Apresentada por Marvel

A razão das palavras do detective é fácil de compreender. Como se sabe, só um dos dois primos, segundo as investigações de Marcos Dias, poderia cometer o crime.

À primeira vista, torna-se perfeita a teimozia com que Robert acusa o primo do delito. E essa suspeita é absolutamente fundada, como mais adiante provarei.

Robert tinha acordado o primo uma hora depois de se deitarem para que lhe fosse buscar uma chávena de chá, alegando doer-lhe terrivelmente o estômago. Nesse caso e até essa hora, Silmon não poderia ter cometido o delito porque Robert com as dores que dizia sentir, estaria acordado e fàcilmente o veria. Depois de tomar o chá sentiu-se mais aliviado, mas ainda com ligeiras dores, o que o impedia de descansar tranquilamente. Assim, se Silmon atravessasse o seu quarto para se dirigir ao do tio, o outro aperceber-se-ia da sua passagem. É certo, também, que isso podia não acontecer. Mas não é tudo. Suponhamos que Silmon conseguia chegar ao quarto do tio e o matava.

Porém, como sabemos, a bala depois de atravessar o crâneo da vítima, alojou-se na cabeceira da cama. Apesar do silenciador com que a arma estava provida, ouvir-se-ia um ruído mais ou menos forte, a madeira seca quebrada. E, Robert nada disto viu ou ouviu. Portanto Silmon está inocente.

E, como quem de dois tira um…

© DANIEL FALCÃO